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Hail irmãos e irmãs que leem esta humilde coluna, hoje é dia de sair daqueles pesados e extensos temas sobre a criação e irmos para algo mais “delicioso”. Sim, se eu estou falando em delicia isso significa que vamos observar uma história de nossa queria, linda, maravilhosa, Deusa da fertilidade, do amor, beleza e que possui as “maçãs da juventude” (se é que você me entende), Freya.

Essa linda beldade, além de possuir um calor interno incontrolável, também tem um dos maiores problemas que nos mortais também temos, a vaidade, está mesma que nos propicia tal história de hoje. Em fim, sem mais lenga lenga, vamos ao que interessa.

Nossa queria Deusa morava no palácio de Sessrymnir, basicamente um cofre, que só ela tinha a chave, isto é, ninguém tinha acesso a casa dela, nem mesmo tinha como dar uma pulada de janela, ou andar no pátio, em fim, nada podia entrar lá a menos que a Deusa quisesse (ok, tirando uma vez que Loki aprontou uma das suas, mas isso fica para próxima história).

A vaidade de Freya estava altamente ligada a sua libertinagem, isto é, ela possuía um casaco que a transformava em gavião, o que lhe permitia sair para midgard e qualquer outro reino disfarçada desta ave, e bom, sendo bela como era recebia muitos presentes, joias de todos os tipos, enfeites e colares, basicamente ela tinha tudo o que queria, mas quando uma nova joia era inventada, ninguém segurava essa Deusa, pois ela tinha que possuir a joia primeiro de qualquer forma.

Então lá estava ela, no mundo mortal dando uma voltinha depois de uma noite de alegria e prazer, quando viu ao longe uma luz de forja e pensou “mas o que será que estão fazendo ali?”. Chegando lá espiou ferozmente o que havia, e viu alguns anões (não anões simples, mas os da família Brisings, que eram peritos na arte de forjar joias).

Os anões sem noção de que ali fora estava uma menina pussuca, ficavam comentando entre si a grandeza do colar que estavam fazendo, e a Deusa já estava comendo os cotovelos de ansiedade para ter a joia que nem estava 100% pronta, na verdade ela estava tão ansiosa que os anões a viram e falaram com ela, mas nesse momento somente existia a joia e ela, pra se ter uma ideia de como estava a cabeça da Deusa, ela até sentia o cheiro do colar.

Bem, um dos anões já enjoado da ignorância da Deusa gritou bem gritado nas suas delicadas orelhas, a fazendo sair do transe psicótico pelo colar. Então ocorreu aquela troca de olhares intensa, nem uma palavra foi dita por alguns segundos, como aquele silencio antes de uma explosão, então Freya implorou como quem implora pela própria vida “Oh anões maravilhosos!, eu quero esse colar, mais que tudo no mundo!”. Reparem que a deusa continua no delírio da vaidade e ganancia.

O interessante é que os anões já estavam com aquela ideia pervertida, e freya já estava fazendo carinho na cabeça dos 3 (sim, eram três anões), dando a entender até aonde ia essa vontade pelo colar. Então eles viraram de costas como crianças envergonhadas e começaram a cochichar, até que um virou e disse “lhe daremos o colar mas queremos gozar das delicias dos seus braços!” (HÁ QUE DELICIA CARA). Freya sapequinha deu rizada, e um anão soluçou uma frase “Pode ser um de cada vez é claro, não precisa ser todo mundo junto”.

Freya olhou e disse “Hoje eu não vou dar, eu vou distribuir” “quem é o primeiro?” E assim se desenrolou a noitada, ela deu uma canseira nos anões, ganhou o colar, cujo nome é colar de Brisingamen, o seu tesouro mais bem guardado, mas esse colar não traz consigo somente essa história, no próximo texto veremos o que mais esse colar pode nos render.

Fontes:

Franchini, A. S. As melhores histórias da mitologia nórdica. 2008.

Lindow, John. Norse Mythology – a guide to the gods, heroes, rituals, and beliefs. 2001.

Bulfinch, Thomas. O livro de ouro da mitologia. 2002.

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