Com o regresso dos Helloween a Portugal marcado para o dia 13 de novembro de 2025, no emblemático Sagres Campo Pequeno, celebramos a carreira de uma das bandas mais icónicas do heavy metal europeu. Nesta série de artigos, temos percorrido a discografia dos mestres do power metal. Com a assinatura da PRIME ARTISTS
Em 2000, os Helloween lançaram aquele que seria um dos álbuns mais obscuros e intensos da sua discografia: The Dark Ride. Abandonando parte da leveza e humor que os caracterizava, a banda mergulhou numa sonoridade mais sombria, pesada e moderna, explorando novas temáticas e sonoridades que dividiram tanto fãs como crítica.
A produção ficou a cargo de Roy Z (conhecido pelo trabalho com Bruce Dickinson) e Charlie Bauerfeind, o que se traduziu num som mais denso e contemporâneo, com guitarras afinadas em tons mais graves e arranjos mais atmosféricos. A influência do metal alternativo e industrial da época está presente, mas sem descaracterizar completamente a essência dos Helloween.
Faixas como “Mr. Torture”, “If I Could Fly” e “All Over the Nations” mantêm um certo apelo melódico, mas são “Escalation 666”, “Mirror Mirror” e “The Dark Ride” que definem a alma do álbum: sombria, pesada e introspectiva. As letras abordam temas mais sérios e pessoais, num registo quase confessional em alguns momentos.
O álbum foi bem recebido por muitos pela sua ousadia e produção moderna, mas causou fricções internas. As tensões entre membros culminaram na saída de Roland Grapow e Uli Kusch após a digressão que se seguiu. Ambos viriam a formar os Masterplan, outra banda de destaque no metal europeu.
The Dark Ride marca o fim de mais um ciclo nos Helloween, um álbum de transição que revelou novas facetas do grupo e pavimentou o caminho para a fase seguinte.
No próximo artigo, entramos nos anos 2000 com Rabbit Don’t Come Easy, onde os Helloween procuram nova estabilidade e experimentam um regresso às suas características originais.
Continua a acompanhar!
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