Vocês queriam um festival completo com várias atrações de todo tipo…? Vocês tiveram! Quem foi ao IV ROCK IN HELL DO CAMPO sabe do que eu estou falando. Um festival de três dias com camping, muito frio, muito rock, muito metal, frio, ritual da fogueira, expositores, várias opções de comidas e bebidas com preço acessível, mais frio, encontro de carros antigos, cama elástica para as crianças (“grandes” e pequenas), futchopp, frio… enfim, teve coisa pra caralho.
Na sexta-feira, pra dar uma agitada e aquecer os corpos, tivemos duas bandas se apresentando. Quem deu início aos barulhos foi a banda de rock n’roll PRAGAS DO PAIOL, de Dona Emma – SC. Logo em seguida a OVERBLACK, de Blumenau – SC trouxe seu som autoral de heavy/thrash metal. Com o frio que fazia, deu pra dar uma boa esquentada nos ouvidos ouvindo bastante rock e metal.
No sábado a galera foi acordando sem pressa, pois as próximas bandas começariam à tocar somente à tardinha. Tinha muita gente chegando ainda, tanto em carros abarrotados de tralhas pro acampamento e mais as pessoas dentro kkk, quanto as excursões que vieram de várias cidades recolhendo o pessoal pro fest. Durante todo o dia os bangers foram bebendo, interagindo com os velhos e novos amigos, comendo, bebendo, ouvindo música pesada e bebendo bastante… E lá pela tarde teve o tão aguardado FUTCHOPP, um torneio que seria disputado por equipes embriagadas mostrando que roqueiros, além de bater cabeça, também sabem bater uma bolinha.
Agora quero que me digam o que foi a Copa do Mundo perto do FUTCHOPP DO HELL… Esse primeiro Futchopp foi uma aula de futebol, uma grande competição com duas equipes em campo: COM CAMISA x SEM CAMISA. Houveram muitos lances incríveis que levavam a torcida à loucura a cada passe incrível (e errado) de bola, pois a regra era clara “Quem está sóbrio não joga!”. E quem precisa de Galvão Bueno quando temos nosso ilustre CAPITÃO SALSA narrando cada lance emocionante da partida? Era cada pérola no jogo que vocês não tem ideia. E se Neymar fez sucesso na copa com seus incontáveis tombos, foi porque ele aprendeu com os melhores, sim, os nossos jogabangers bêbados. E depois de muitos lances bem “hards”, o #TEAM SEM CAMISA venceu a partida. \O/
Após o jogo, estava na hora de escutar mais barulho ao vivo. Diretamente da cidade de Blumenau – SC vieram os meninos da banda CARCANHÁ, trazendo um som autoral de punk rock pra quebrar tudo com (Não Tenha!) Político de Estimação, Passa a Grana, Aquecimento Local, É de Maracujá, Discurso Abafado entre outras… “Fomos a primeira banda do sábado. Teve uma variedade enorme de estilos musicais, desde o nosso punk rock, passando por folk metal, horror metal e até heavy metal clássico. Levando em conta que éramos uma das únicas bandas de punk rock da noite, no meio de tanta variedade musical, o público nos recebeu muito bem, superou todas as nossas expectativas. Vemos em nossos shows um aumento considerável de público. Esse foi o nosso último show com a formação que vinha se mantendo no último ano. Nosso agora ex-baixista Fábio seguiu seu caminho, e chamamos o baixista da banda AAV, Jefferson, para seu lugar e adicionamos um segundo guitarrista, Julio. As novas adições trouxeram um peso, velocidade e nova cara para banda, que deu um tempo dos palcos para se dedicar à composição de músicas próprias.” (Guilherme Lemos – baterista).
Logo em seguida subiu no palco a banda WALKMEN de Curitibanos – SC, fazendo um rock anos 80,90… . Depois foi a hora da JHONNY BUS de Lages – SC entrar em cena, trazendo um som autoral de hard rock e heavy metal de qualidade para o público.
Após o show, chegou a hora do pessoal da UP ROCK subir no palco do Hell e papear um pouco. Há um tempo já que está rolando essa união entre os organizadores de vários eventos daqui de SC. Estavam presentes no ROCK IN HELL o pessoal do RIVER ROCK, do OTACÍLIO ROCK FESTIVAL, do ICEBERG ROCK, do UM DIA LIVRE e do SC METAL FEST. Isso está sendo muito bacana e está fortalecendo a cena cada vez mais.
Seguindo com as bandas, uma das atrações mais aguardadas do festival foi a FEED THE FREAK!, de Blumenau – SC. O som dos caras é sensacional e, como sempre, impressionou o público, tanto os que já conheciam quanto os que ficaram conhecendo a banda naquela noite. Fizeram roda e bateram muita cabeça curtindo esse som “freak” dos caras. Tocaram B.U.C.H.E.R., Freak!, I Will Never Die, entre outros pesos do grupo… Infelizmente, por algum motivo, o show foi interrompido. Acredito que tenha sido um engano no horário por parte do pessoal do som, pois pelo que eu me lembro, a banda estava tocando dentro do seu tempo.
A próxima banda a se apresentar veio lá de Curitiba – PR, trazendo aquele folk metal que faz todo mundo se mexer. A banda TANDRA tem um repertório folk que se mistura com uns thrash bem loucos fazendo a galera cantar e dançar sem parar, além de agitar muito com seu setlist autoral, que traz as músicas Thunder’s Calling, Time and Eternity, Marching to Infinity e pra finalizar BUNITO, Open The Bar, que se tornou um grande hit e que faz todo mundo cantar… “open the bar, open the bar, oooooooooooooooooh, open the bar, open the bar, ooooooooooooh…”
Depois de bastante folk metal, chegou a vez do metal industrial da THE UNDEAD MANZ, de Criciúma – SC. E que som foda esses caras fazem… sem falar no figurino, que acabou sendo também um diferencial que chamou muito a atenção do público. Tocaram músicas do seu primeiro álbum The Rise of the Undead, tais como Deum Tempus, Seeds Of…, …Evil, O.B.M. e Fearless, Rosenrot (Rammstein), e também o novo single The Vine, que estará no segundo álbum da banda.
Para a abertura oficial do evento, à meia noite de sábado, nos aguardava uma enorme fogueira do capiroto que foi bonito de ver. Além de todo o trabalho que a Tailana e o Falcãozinho tiveram para organizar o festival, ainda se preocuparam em preparar uma incrível apresentação no ritual da fogueira. E a música escolhida foi uma releitura de Dance Of Death do Iron Maiden. Também foi ouvido um lindo texto que foi de arrepiar. Segue um pedacinho daquelas bonitas palavras: “…Esta nossa grande fogueira queimará todas as coisas ruins, todas as chatices e caretices deste mundo atual e aquecerá nossos corações, representando o calor da nossa amizade. É o homem o único ser que se apropria do fogo e o domina, sem dominá-lo. Misto de bem e de mal, o homem dirige-o apenas buscando-lhe o bem que ele oferece…”.
On fire… (Vanessa Boettcher MetalPICS)
Depois da fogueira o pessoal voltou para o salão, pois a banda CARNIÇA já estava no palco para dar continuidade ao baile. Banda gaúcha de Novo Hamburgo que se apresentou pela primeira vez em Santa Catarina, a Carniça trouxe para o Hell seu som pesado de death/trash metal e com umas pegadas de heavy… O pessoal curtiu muito a banda se quebrando tudo dentro dos mosh pits. Estava tão massa que até o vocalista desceu do palco pra entrar na roda.
Para encerar a noite/madrugada de sábado, subiu no palco do Hell a banda de doom metal de Curitiba – PR LACRIMAE TENEBRIS, com suas músicas bonitas, pesadas e tristes. A banda já havia se apresentado na edição passada do evento e, quando o negócio é bom de se ouvir, tem que ter bis. Trouxeram no setlist as músicas Casa de Espelhos, Solitude, Lacrima e Ubir Est Tristes.
No domingo de manhã todos levantaram dançando felizes, alegres, contentes e saltitantes com muito Irish punk celtic folk metal da CAPTAIN CORNELIUS, de Rio do Sul – SC. A Captain cura qualquer ressaca de domingo, kkkkk. Todo mundo curte esse bando de bêbados, só resta saber quando vai rolar aquele autoral BUNITO pra gente conhecer… #aguardando hahaha. Alguns levantaram ainda mais cedo pra tomar aquele café da manhã delicioso que a família Rock in Hell deu de presente para quem estava no evento apoiando a cena.
Logo em seguida vieram os peões da DARK NEW FARM de Nova Fazenda – SC para fazer bastante barulho e continuar agitando a turmada. Eles que fazem um som new metal e estão trabalhando para lançar seu primeiro EP ainda em 2018, além de tocar Cavalera Conspiracy, Sepultura, Korn… também detonaram com suas autorais La Patria! La Fabula!, e antes de tocar Madre, o baterista Maykon falou um pouco sobre essa música e contou que alguns trechos são baseados em fatos reais… Sem dúvidas, é uma banda que ainda irá trazer muitas surpresas sonoras pra gente.
De Lages – SC veio a banda ABOMINAÇÃO trazendo um som grindcore/crossover e com ótimas letras sobre vários problemas que vivenciamos nos dias de hoje, como política, desigualdade social, violência… Quem gosta de rap pôde curtir um pouquinho no Hell, pois como a banda também curte um “flow”, a mesma colocou em algumas músicas umas rimas bacanas que acrescentaram positivamente ao seu estilo. Eu particularmente curto bastante essas misturas.
E para o encerramento dos shows do IV ROCK IN HELL DO CAMPO, subiu no palco a banda de prog power metal de Criciúma – SC, NORIUM. A banda mandou vários clássicos do heavy metal conhecidos já do público, fazendo-os cantar junto. E também tocou seu primeiro single Sign Of The Times, o qual ainda conta com uma participação especial do Z, vocalista da The Undead Manz.
No domingo à tarde ainda teve a entrega dos prêmios aos ganhadores dos concursos do Hell.
• Carro mais personalizado: Thiago Ellan Koch
• Carro mais antigo: Jardel Roberto Ferreira
• Carro com mais KM rodados: Paulo Ricardo Lima Ignácio
• Banda destaque: Jhonny Bus
E pra encerrar esta resenha eu poderia dizer “NOS VEMOS NO PRÓXIMO HELL”… Porém, como vocês devem ter visto na página do evento, foi publicada uma nota de que estariam encerrando o festival em Rio do Campo por conta da correria e prejuízos sofridos pela organização, mesmo que a chama do rock ainda esteja acesa em nossos corações, mesmo que ainda exista uma galera que insiste em apoiar a cena COMPARECENDO nos eventos… Só que TODOS SABEMOS que isso NÃO é o suficiente, ainda falta muito à ser feito. Mas ficou no ar um pouco de dúvida em relação à essa nota publicada pela organização… Estariam encerrando as atividades apenas em Rio do Campo (pelo motivo de a cidade não estar preparada para um evento desse porte, como foi colocado no post) e as próximas edições seriam realizadas em outra cidade??? Será que é isso minha gente? Haha. Esperamos que sim!!!
Quero ainda mandar um salve pra galera das mídias que estavam presentes no IV ROCK IN HELL DO CAMPO registrando cada um à sua maneira o fim de semana maravilhoso que foi. Guigo e Leandra do URUSSANGA ROCK MUSIC, Maykon (Maico, Maicom, Mike, Maycom, Maricom…kkk) do O SUBSOLO, o CAPITÃO SALSA com suas entrevistas interessantes… Enfim, caso eu tenha esquecido de algum vivente, sorry! Deixo aqui meu abraço à todos. E também aos novos e velhos amigos de sempre dos festivais. \m/ O ROCK NÃO PODE PARAR GALERA!!!