Sexta-feita, dia 10 de maio, o sextou veio diferente para o Rio de Janeiro. O Circo Voador, sob a produção da Tomarock, conseguiu reunir uma legião de fãs do Death Metal para celebrar o gênero em um mini festival que contou com grandes nomes do cenário brasileiro. Apesar da noite estar voltada para o Death, quem colocou todo mundo no clima foi o Thrash direto do Savant.

Abertura

A banda que já tem 30 anos de estrada, conseguiu colocar bastante gente já no front devido a seus fãs fiéis, reforçando a história da banda. O Savant apresentou um show muito bem performado, fazendo todo mundo quebrar o pescoço logo no início do evento.

Além da parte musical a banda foi extremamente carismática e interagiu com o público o tempo inteiro, se geralmente os baixistas ficam mais reservados isso não acontece aqui, Frederico Lima, foi responsável por engajar o público com bastante humor e vários passinhos bem loucos. Um show divertidíssimo, profissional, e um Thrash da melhor qualidade, assim começou a noite do Circo Voador.

Na sequência, agora entrando no âmbito Death, ou melhor, Death Grind, tivemos a estreia do Desalmado, diretamente de São Paulo. A banda abriu com “Mass Mental Devolution” já chegando com os dois pés na lona.

Esse foi o segundo show da banda que tive a oportunidade de ver, e quando a gente fala de performance ao vivo, não tem erro, o Desalmado tem destaque. As partes instrumentais são avassaladoras, a sinergia do guitarristas Marcelo Liam e Estevam Romera, com as linhas de baixo de Bruno Teixeira fizeram todos no circo abrir inúmeras rodas e headbangue a gosto.

Caio Augusttus ressaltou a honra do primeiro show no Circo Voador, ser abrindo para o Krisiun que claramente foi uma influência para a banda. Também temos que destacar a performance de “Esmague os Facistas”, a banda também apresentou uma música nova e encerrou de maneira magistral com “Bridges to a new Dawn”.

Na sequência, tivemos novamente uma banda carioca, um dos maiores nomes atualmente do cenário underground do Rio, o Death Metal Bruto do LAC (Lacerated and Carbonized). Ainda promovendo o excelente álbum “Limbo”. O show teve presença de influenciadores e diversos membros de diferentes bandas do underground carioca, mostrando a união e apoio da cena local.

Aqui o headbangue veio muito solto, a banda quebrou tudo com “Hellfire”, mostrando que muita gente estava familiarizada com o novo álbum. O guitarrista Leandro Pinheiro e o Baixista Arthur Chebec, ambos responsáveis pelo consumo de Dorflex após o show, mostraram todo seu talento, trazendo com clareza a sonoridade ouvida em “Limbo”.

Jonathan Cruz, vocalista da banda, também anunciou a turnê do LAC pela América do Sul, que vai exportar o underground carioca pelos nossos países vizinhos. A notícia foi aclamada por todos, que o LAC leve toda essa energia na estrada e siga crescendo.

Show principal

Chegamos então, a principal atração da noite, após 12 horas de viagem devido a um acidente na estrada, lá estava o Krisiun, cansados de viagem, Alex Camargo, Max e Moyses Koslene, chegaram destruindo tudo com “Kings of Killing”, mesmo cansados o Krisiun não deixou nada a desejar, abriu-se uma roda gigantesca, e do início ao fim do show, ela não se desfez.

 

A banda tocou clássicos de várias épocas diferentes como “Blood of Lions”, “Combustion Inferno”, “Ravager” e também várias músicas de seu último trabalho Mortem Solis de 2022 como: “Sword into Flesh”, “Necronomical” e “Serpent Messiah”.

Alex, lembrou das dificuldades de se viver do underground e agradeceu muito o apoio dos fãs, mostrando bastante consideração por todos os presentes, o músico diversas vezes durante o show agradeceu aos fãs, principalmente pela oportunidade de uma noite de energias positivas em meio a “Tanta coisa que está acontecendo” como dito por Alex, que trajava um colete com a bandeira do Rio Grande do Sul, estado natal da banda.

E para encerrar o show, após inúmeros pedidos dos fãs desde o início da apresentação, o Krisiun finalizou com o clássico do Death Metal Brasileiro, “Black Force Domain”. Foi uma noite intensa, digna do Krisiun, que provou porque virou um expoente tão grande do Brasil com seu profissionalismo, talento e humildade.

Foi um evento importantíssimo para o cenário da música extrema no Rio de Janeiro, reunindo fãs, músicos e toda cena no Circo Voador. Dias assim dão sentido para tudo que fazemos no underground e renovam as energias da cena. Que venham os próximos!

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