Laboratorios Moreno é uma banda que decidiu entregar sua alma à música, sem arrependimentos nem rotas pré-definidas. Embora não saibam exatamente para onde seu caminho os levará, têm certeza de que não mudariam nenhuma das decisões que os trouxeram até onde estão. Para eles, a música não é apenas um meio de expressão, mas também uma forma de libertação, uma força que “manda” e os mantém felizes por serem quem são, tanto como músicos quanto como pessoas.
Entrevistamo-los durante o evento das 100 Canções Jalisciences, onde seu tema Gran Buffalo conquistou um lugar no top 100, consolidando sua proposta experimental como um pilar dentro da música local. Sua filosofia artística reflete-se nesse reconhecimento: uma jornada sem destino fixo, mas carregada de entusiasmo e autenticidade.
Qual foi o processo criativo que seguiram para chegar a essa canção premiada?
Alcançar o reconhecimento de que as músicas ditam o caminho e não o contrário permite que os gêneros se abram. Quando você se entrega como pessoa, a música sempre funciona e as canções dizem se será country, rap, algo mais rock ou metal, e não o oposto. Acho que, quando você se prende ao gênero que quer tocar, perde muitas possibilidades dentro da música. O importante é deixar a música falar e aprender a escutá-la.
Se tivessem que escolher uma canção que mais reflete a identidade da banda, qual seria?
A desta noite acho que fez isso muito bem. Gran Búfalo é uma música que representa muito da banda porque tem um pouco de country, harmônicas, eletrônica, sintetizadores, gritos, algo de groove pesado e, ao mesmo tempo, é dançante. Então, acredito que Gran Búfalo é uma música que nos representa bastante.
O ano passado foi muito produtivo para a banda, com muitos concertos e lançamentos. O que podemos esperar de Laboratorios Moreno este ano?
Vai ser ainda mais produtivo: vamos compor a trilha sonora de um filme, algo que faremos pela primeira vez. No dia 10 de fevereiro, entramos em estúdio em León, Guanajuato, para gravar um novo álbum. Então, temos um álbum, a trilha sonora de um filme e, além disso, queremos continuar com o mesmo plano de “tourear” [tocar em turnê]. Este ano será muito mais intenso.
Estamos felizes por participar de eventos como este, que consideramos super necessários. É importante que haja um registro histórico do que está acontecendo agora em Guadalajara, e é muito legal, no fim das contas, fazer música. Trata-se de criar uma comunidade, e, com este tipo de eventos, veja só quanta gente está reunida.