A edição de 2024 do Laurus Nobilis Metal Fest aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de julho, na Casa do Artista Amador, em Louro, Famalicão. Com pequenas mudanças logísticas, o festival manteve sua essência, oferecendo três palcos distintos: “Faz A Tua Cena” dentro da Casa do Artista Amador, “Crédito Agrícola” ao ar livre, e o principal “Palco CEVE”. O primeiro dia contou com os VADER como headliners, e mesmo com o sol forte, nada impediu os metalheads de curtirem a programação até o fim da noite!

Photo @wow.l0vely | @culturaempeso
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AOIDOS + AZZAYA

A abertura do Laurus Nobilis foi marcada pelas performances das bandas AOIDOS e AZZAYA, nos palcos “Crédito Agrícola” e “Faz a Tua Cena”, respectivamente.

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AOIDOS trouxe ao palco Crédito Agrícola seu Progressive Black Death, realizando um show excelente. Mesmo sob um sol forte, o público permaneceu atento e engajado, apreciando a técnica apurada e o som feroz da banda.

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Em paralelo, AZZAYA incendiou o palco “Faz a Tua Cena” com seu puro Black Metal. A banda proporcionou momentos eletrizantes de mosh pit e crowd surfing, mostrando que, embora o público fosse menor, a animação estava em alta. A energia contagiante de AZZAYA fez com que cada momento fosse vibrante, dando um início promissor ao festival.

BLOODY FALLS

Os finlandeses BLOODY FALLS fizeram sua aguardada estreia em Portugal, trazendo na bagagem seu terceiro álbum, “Amartia”, lançado em abril deste ano. Com sua potente mistura de Melodic Death, Black, e Groove Metal, a banda mescla a essência do metal finlandês com uma proposta moderna! A performance foi marcada por breakdowns intensos, técnicas vocais extremas e instrumentais de altíssima qualidade.

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O show começou com a brutal “I Will Be Your End”, e desde o início, o público interagia animadamente. A cada música, a conexão entre banda e público se fortalecia, com todos bangeando e demonstrando crescente entusiasmo. Antero Hakala, o vocalista, quebrou o estereótipo dos músicos nórdicos introvertidos, revelando-se bastante comunicativo e engajando o público, o que ajudou a manter a atenção de todos.

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A banda seguiu com “Am Dying”, “Dancing With Flames”, “Soul Ripper” e “Burn The Witch”, proporcionando uma viagem através de seus álbuns anteriores e singles, antes de retornar ao “Amartia”.

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Encerraram a apresentação com “The Curse Of The Mark” e “I Met My Death”. Durante esta última, o público se aproximou ainda mais do palco, claramente satisfeito com a performance. Foi uma apresentação marcante da banda, e se o público não os conhecia, a partir desse dia certamente despertaram interesse e ganharam grandes fãs.

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ALL KINGDOMS FALL + PORFIRIA 666

No palco Faz A Tua Cena, PORFIRIA 666 continuava na cena do Black Metal, enquanto os ALL KINGDOMS FALL no palco Crédito Agrícola entregava seu hardcore nacional.

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Porfiria 666 trouxe uma apresentação intensa com uma sala mais cheia e um público empolgado. Já os All Kingdoms Fall, apesar de uma recepção mais morna, mantiveram o interesse dos presentes com uma energia marcante, digna de seu estilo de som.

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VITA IMANA

Os VITA IMANA foram uma belíssima surpresa visual e sonora no Laurus, entregando uma performance explosiva no Palco CEVE. A banda espanhola de Groove Metal agitou a tarde com uma energia avassaladora, destacando-se especialmente pela percussão de Miriam Baz, que contagiou o público e incentivou moshs cada vez mais intensos.

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A apresentação começou com a pesada “Caos”, do seu último lançamento, dando o tom da performance e animando completamente o público. Seguiram com “No Em Mi Nombre” e “Seis Almas”, que deram início aos primeiros moshs. “Un Nuevo Sol”, um hit do álbum “Uluh” de 2012, intensificou ainda mais a energia, mas foi em “Virtual” que o público se rendeu completamente, misturando dança, mosh e muito headbanging.

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Toni Mero Mero, com grande carisma, pediu ao público que se separasse para o Wall Of Death em “Paranoia”, explodindo em um mosh bem grande assim que a música começou. A performance foi encerrada com “Gondwana”, onde Mero Mero incentivou o público a se agachar e, ao início da música, todos pularam juntos, finalizando em grande estilo com um belo mosh pit.

Os integrantes da banda demonstraram grande carisma, técnica e entrosamento, conduzindo o show com maestria e mantendo o público engajado do início ao fim. A apresentação dos Vita Imana foi, sem dúvida, um dos pontos altos do festival, deixando uma marca duradoura nos presentes.

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IRONWILL + TSUNAMI

No palco Crédito Agrícola, os italianos IRONWILL cativaram o público com seu “Psychological Rock”, como denominam. Interagiram imenso entre si, mostrando uma ótima química no palco, mas também fizeram questão de interagir com o público. Essa interação com os fãs foi além das palavras, pois a banda distribuiu brindes e merch, o que gerou uma resposta positiva.

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Enquanto isso, no palco “Faz A Tua Cena”, a sala estava cheia para ver os TSUNAMI. Os integrantes, usando suas chamativas máscaras de gás, entregaram um show incrível. Com excelente trabalho vocal e músicos talentosos, Tsunami cativou o público presente, proporcionando uma experiência sonora intensa e visualmente intrigante.

WOLFHEART

Os finlandeses do WOLFHEART foram recebidos em peso pelo público, aglomerando-se à frente do Palco CEVE. Embora não fossem os headliners, a ansiedade pela sua apresentação era notável, e a banda não decepcionou.

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A performance estrondosa começou com “Ghost Of Karelia”, que imediatamente colocou os headbangers em ação, cantando e bangeando juntos. Seguindo com “Aeon Of Cold” e “Strength And Valour”, o entusiasmo do público só aumentava. Nesta terceira faixa, os fãs não conseguiram mais se conter, fazendo inúmeros crowdsurfings para o pit que mantiveram os seguranças ocupados.

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Os pontos altos do show foram muitos: “The Hunt” provocou um mosh pit enorme assim que Vagelis Karzis sinalizou para o público, que respondeu de imediato. Em “Breakwater”, o delírio foi completo quando a banda pediu um Wall of Death, resultando em um mosh ainda mais insano. “Zero Gravity” manteve a energia elevada com outro super mosh no centro do público.

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Apesar de uma falha técnica em “Boneyard” – que se seguiu até o fim da apresentação -, onde o som abafou a voz, o público parecia não ter percebido, permanecendo em êxtase, e mesmo aqueles à frente do lado direito do palco, que assim como eu notaram, não pareceram de fato se importar, pois continuaram a curtir.

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A apresentação terminou com chave de ouro com “The Hammer”, dedicada aos seguranças do pit pelo trabalho em lidar com os numerosos crowdsurfers. Foi o início de uma noite insana, deixando todos os presentes orgulhosos da apresentação.

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WARSIDE + ATA ADAMASTOR

De volta aos outros dois palcos, no Crédito Agrícola, WARSIDE, a banda francesa de death metal, exibiu a sua energia avassaladora durante o concerto com os seus riffs pesados e melodias distorcidas. A performance incendiária chamou pelo público, que foram enchendo o espaço, mantendo assim a noite aquecida.

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No palco Faz A Tua Cena, ATA – As Tormentas de Adamastor, dominou com um show teatral e pesado, destacando um cenário sombrio com lápides e interação intensa com o público, que batia cabeça à frente do palco.

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VADER

Chegou a vez da atração principal incendiar o Palco CEVE, com expectativa nas alturas! Liderados pela icônica e destruidora voz de Piotr “Peter” Paweł Wiwczarek, os poloneses do VADER não deixaram os fãs esperando um segundo sequer. Com mais de 40 anos de história, a banda mostrou uma energia avassaladora, e a idade não afetou em nada sua vitalidade no palco.

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A primeira faixa do set, “Go To Hell”, já colocou o público em frenesi. Desde o início, o público cantava junto e formava mosh pits frenéticos que a partir dali não parariam mais, marcando o tom para uma noite intensa. Além disso, o show foi uma sequência ininterrupta de crowdsurfings e headbanging, criando uma atmosfera destruidora, do jeito que tanto esperávamos.

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O setlist foi um passeio por clássicos e hits, incluindo “Sothis”, “Blood Of Kindu”, “Heading For Internal Darkness”, “Carnal”, “Foetus God”, The Red Passage”, Black To The Blind”, “This Is The War” e “Wings”. Cada música elevava ainda mais a energia do público, que ovacionava, cantava, bangueava e se entregava ao mosh.

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O show inteiro foi um ponto alto, sem momentos de calmaria, com a plateia em êxtase constante. A alegria dos fãs e da banda era visível, tornando a apresentação insana e emocionante, como um bom show do VADER deve ser.

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A última passagem da banda por Portugal foi no Moita Metal Fest de 2018, e Peter prometeu que não vão esperar mais 15 anos para retornar. Isso deixou todos os presentes completamente felizes e ainda mais apaixonados, aguardando ansiosamente o próximo show dessas lendas do Death Metal. E assim finalizou uma noite incrível, com um público completamente satisfeito!

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