A edição de 2024 do Laurus Nobilis Music Fest aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de julho, na Casa do Artista Amador, em Louro, Famalicão.

No dia 20, a banda SEPTICFLESH foi a headliner. Apesar da chuva que marcou o início do dia, os metalheads não se deixaram abater e mantiveram a animação. Os três palcos – “Faz A Tua Cena” no interior da Casa do Artista Amador, “Crédito Agrícola” no exterior junto ao espaço de restauração e merchandising, e o principal “Palco CEVE” – proporcionaram uma diversidade musical para todos os gostos.

APOCALYPSE CONSPIRACY + NIGHTZERO

O dia começou com os nacionais APOCALYPSE CONSPIRACY no palco Crédito Agrícola, trazendo seu Thrash Metal para um público animado, que ignorou a chuva para curtir o show. No palco Faz A Tua Cena, os londrinos do NIGHTZERO apresentaram seu rock alternativo e moderno. Os Apocalypse Conspiracy fizeram uma performance potente, destacando o hit “Anonymous”, que fez o público cantar junto.

Photo @wow.l0vely | @culturaempeso
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Paralelamente, os NightZero encantaram com uma performance divertida e emocionante, exibindo um som moderno e diversificado. Apesar da sala um pouco vazia, a presença da primeira banda com vocal feminino do festival chamou a atenção. Ana impressionou com seu alcance vocal potente. O violoncelo também brilhou nessa apresentação. O som é agradável e cativante, com um destaque para o dueto em “Fly Away”, que deixa isso muito evidente. A banda deixou uma marca positiva no festival!

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HUMAN VIVISECTION

Os responsáveis por abrir o palco principal no segundo dia do Laurus Nobilis Metal Fest 2024 foram os HUMAN VIVISECTION, diretamente da Bélgica, trazendo seu Brutal Slamming Death Metal!

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A apresentação começou com a visceral “Survival Frenzy”. O público estava ansioso e, apesar de inicialmente sérios, logo foram arrebatados pelo som INSANO e BRUTAL da banda. Em seguida, tocaram “Hope Will Deceive”, uma faixa igualmente devastadora. O novo vocalista, Robbie Smeyers, interagiu com o público perguntando quantos os conheciam, e embora poucos tenham respondido positivamente, a energia e curiosidade eram evidentes.

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A terceira faixa, “The End Of Suffering”, foi o ponto de partida para os mosh pits, que dominaram dali até o final da apresentação. A animação e interação do público cresciam cada vez mais. Realmente, ninguém conseguia ficar parado!

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Quando tocaram “Dreadful Utopia”, o público ficou ainda mais insano, dando início a uma onda de crowdsurfings. Os Human Vivisection conquistaram completamente os headbangers presentes!

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A frenesi continuou com cada som, o público se engajava em moshs, headbangings e enlouquecia nos breakdowns. A banda fechou o set com maestria, tocando “The Hollow Echoes Of Inevitability”. Este show realmente aqueceu todo o público, que aplaudiu intensamente a banda. Se muitos ali não os conheciam, a partir daquele momento, os Human Vivisection certamente conquistaram um lugar no coração dos fãs da música extrema!

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USERS + M.I.L.F.

Voltando aos outros dois palcos, a vez foi dos USERS no palco Crédito Agrícola e dos M.I.L.F. (Music In Low Frequencies) no palco Faz A Tua Cena.

Diretamente da Eslovênia, os Users (ou Uporabniki) estrearam em Portugal trazendo um heavy/thrash metal com a velocidade e energia dos anos 80/90. Embora parecessem jovens e com um estilo simples, sua performance era puro “rock and roll raiz”. O vocalista Jošt Skale, com uma atitude despojada, brindava ao público com whiskey e cerveja, sendo calorosamente respondido pelos fãs. No palco, embora mais quietos, o som falava por si com instrumentais bem alinhados e excelente técnica.

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Já a banda nacional M.I.L.F., com suas melodias sombrias, riffs pesados e uma sonoridade doom, se apresentou para uma sala cheia. Uma agradável surpresa foi o vocal de Mariana Faísca, cujos guturais impressionaram a todos. Desde o início, o público estava animado e ansioso, e a apresentação não decepcionou, entregando uma performance cheia de atitude e energia.

Photo @lannakeifer | @culturaempeso
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ALBALUNA

O sexteto ALBALUNA trouxe ao palco principal uma proposta única e diferente para o festival, desviando do som pesado predominante naqueles dois primeiros dias do festival. Com sua mistura de Ethno Prog, Folk Metal e World Music, animaram os presentes com uma energia vibrante e cativante.

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Eles abriram o set com “Valuma”, com o público prestando atenção, mas ainda um pouco frio. Em seguida, tocaram “Gargull”, momento em que a animação começou a crescer, pois Dinis Coelho, com sua simpatia e carisma, incentivou muito a interação com o público, que cedeu. A banda, como um todo, demonstrou uma habilidade impressionante em envolver o público, mesmo os mais difíceis.

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Na terceira faixa, “Heptad”, o ponto alto do show, o público já estava totalmente rendido, cantando em coro sob os comandos de Ruben Monteiro e dançando na chuva. A performance dos integrantes contagiava a todos com felicidade e dança, criando uma atmosfera de alegria e envolvimento.

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A imersão instrumental proporcionada por Albaluna foi um espetáculo à parte. Com instrumentos como violino, gaita-de-fole, tambores, e outros menos comuns como Dilruba, Viela Medieval, Hurdy-Gurdy, Rubab e Oud, a banda entregou uma sonoridade rica e diversificada. Os músicos, extremamente talentosos e engajados, conseguiram envolver o público completamente, mesmo começando de forma mais fria.

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Sempre atentos à queda de animação, os integrantes rapidamente interagiam para manter o público empolgado, conseguindo facilmente reverter qualquer desânimo. Finalizaram o set com “Tzigane”, transformando o ambiente em uma verdadeira festa. O público se rendeu tanto à banda que formaram pequenos moshs e uma roda de dança folk, além de todos irem ao chão sob comando, levantando-se aos pulos duas vezes. Foi um show emocionante!

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EXIT + INN CULT

No palco Crédito Agrícola, os suíços EXIT entregaram uma apresentação de Thrash Metal de primeira qualidade, capturando completamente a atenção do público. Com uma formação composta por músicos mais velhos e experientes, a banda exibiu um som estruturado e um vocal agressivo, adotando um estilo “menos é mais”. Simples e diretos, os Exit conseguiram arrancar boas bangeadas dos presentes. Apesar de terem um som moderno, suas músicas trazem uma pitada nostálgica que lembra os anos 80.

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No palco Faz A Tua Cena, os INN CULT ofereceram uma mudança do som mais estremo, trazendo uma proposta de Heavy Metal que rapidamente cativou o público. Desde o início da apresentação, era evidente o crescente envolvimento das pessoas, que começavam a cantar junto. À medida que as faixas iam sendo tocadas, mais pessoas se juntavam, criando um público cada vez mais engajado, cantando, dançando e até fazendo mini moshs na sala.

GODIVA

Após uma bem sucedida turnê pela Europa, os GODIVA retornaram ao seu lar. Os fãs, ansiosos para vê-los ao vivo novamente, já estavam posicionados na frente do Palco CEVE, aguardando com expectativa a performance da banda, agora mais afiada que nunca.

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O palco estava maravilhoso, criando uma atmosfera densa e eletrizante desde o início. Com a introdução, os fãs começaram a gritar em antecipação. O set abriu com “Faceless”, que foi um verdadeiro estouro. A entrada foi perfeita, com muitos fogos no palco e imagens no telão que aumentavam a imersão ao som e visual da banda. O espetáculo tinha começado de forma épica.

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Seguiram com “Death Of Icarus” e “Hollow Within”, esta última dedicada ao antigo baixista Arcélio Sampaio. Durante todo o show, o público cantava junto, batendo cabeça e se envolvendo profundamente com cada performance. As faixas “Dawn”, “Empty Coil” e “Meaning Of Life” mantiveram a energia lá no alto.

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Uma outra dedicatória especial foi feita em “Godspell” para José Aguiar e toda a equipe dos Ecos Culturais do Louro, promotores do festival. O ponto alto do show veio quando Gaspar “Animal” Ribeiro, saiu de trás da bateria para orquestrar uma Wall Of Death durante “Media God”. Ele comandou o público: “Já sabem o que têm de fazer. Malta à esquerda, é para aniquilar a malta à direita”. E assim se fez!

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A partir desse momento, o setlist seguiu com uma intensidade implacável, com os headbangers participando de moshs e crowdsurfings incessantes, exigindo muito dos seguranças novamente. Houve também a surpresa de um cover de “Superbeast”, de Rob Zombie, que levou o público ao delírio.

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O espetáculo foi realmente grandioso. O som estava impecável, os músicos mostraram um talento extraordinário, e a presença de palco foi teatral e cativante, mantendo todos fixados na performance. Os Godiva demonstraram uma habilidade incrível em conduzir um show, interagindo constantemente com o público e criando uma experiência memorável para todos os presentes.

VOIDWOMB + HATE LEGIONS

A noite continuou com mais black metal, começando com os HATE LEGIONS da Espanha no palco Faz A Tua Cena. A sala estava cheia, e o público interagiu intensamente, cantando junto e ovacionando a banda a cada música. A performance foi marcante e caracteristicamente sombria, com os Hate Legions mostrando toda a potência do seu som.

Photo @lannakeifer | @culturaempeso
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Em seguida, foi a vez dos nacionais Vøidwomb, vencedores da Wacken Metal Battle, mostrarem por que representarão Portugal no prestigiado festival alemão. Com um som de qualidade extrema e um cenário evocativo, a banda criou uma atmosfera de culto que intensificou a experiência do show. O público se reuniu na frente do palco, curtindo e bangueando intensamente a cada acorde. A conexão entre a banda e os fãs foi crescente, resultando em uma noite de pura euforia e destacando os Vøidwomb como uma das grandes promessas do black metal.

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SEPTICFLESH

Era a hora dos headliners SEPTICFLESH subirem ao palco, e uma legião de fãs já estava posicionada na frente do palco principal. Apesar de um ligeiro atraso devido à perda dos seus instrumentos durante o trajeto, os Godiva prontamente emprestaram seus equipamentos, o que rendeu muitos agradecimentos de Spiros Antoniou. Esse imprevisto não afetou em nada a grandiosidade da apresentação que estava por vir.

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Abriram o set com “Portrait Of A Headless Man”, e o impacto foi imediato. Spiros, em um momento de interação com o público, pediu aos fãs que formassem um grande mosh pit, perguntando: “Are You Ready My Friends?”. O público atendeu prontamente, iniciando também uma onda de crowdsurfing que não parou mais.

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A banda seguiu com vários hits, percorrendo diferentes fases de sua carreira. Spiros manteve uma constante interação com os fãs, conversando de forma simpática e conduzindo cada faixa com entusiasmo. Entre as músicas, ele dava pistas sobre a próxima faixa, o que aumentava a empolgação da plateia, que respondia levantando suas “mãos-chifradas”.

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As músicas “Neuromancer”, “Pyramid God”, “The Vampire From Nazareth”, “Hierophant”, “Martyr”, “Prometheus”, “A Desert Throne”, “Prototype”, “Communion”, “The Collector”, “Persepolis” e “Anubis” foram executadas com uma energia incrível. A cada faixa, o público ficava mais insano, transformando o espaço em um mar de cabeças batendo, mosh pits e crowdsurfings incessantes.

Encerraram com “Dark Art”, culminando em um coro espetacular com os fãs e suas mãos  erguidas, fazendo seus sign of the horns. Esta última música foi como uma catarse coletiva, com todos bangueando intensamente, demonstrando total devoção à banda que logo se retiraria.

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A passagem de Septicflesh por Portugal foi realmente memorável, deixando todos extremamente satisfeitos, e saindo do palco ovacionados. Ao contrário de alguns relatos que descrevem a banda como pouco comunicativa, este show quebrou qualquer paradigma. Foi uma noite inesquecível!

 

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