Num bar com lustres, espelhos com bordas douradas e pinturas nas paredes, aconteceu o Luna de Sangre Fest. O bar MalaÏdea é relativamente pequeno, tem dois espaços, o primeiro onde fica o bar, com luz suave proporcionada pelos lustres, aqui as pessoas conversavam enquanto o palco estava inativo. O palco ficava no segundo espaço, ao nível do chão, com pouquíssima iluminação e com grandes grafites na parede direita. O pôster sugeria ir fantasiado, enfatizando que a fantasia estava ensanguentada.
Pareceu-me um evento #underground em todos os sentidos positivos. A organização foi liderada por Abner Corvin, vocalista do Zelene, a banda de estreia, e Nyx Orpheus, baixista do Zelene e do SexVampire. O local estava lotado, desde cedo havia muitos participantes, que continuaram chegando até por volta da meia-noite: amigos, outros músicos, até familiares apoiando a cena.
Sábado, dia do evento, foi um dia chuvoso, final de uma semana muito movimentada para mim, então não pude ir para a largada. Quando cheguei estava tocando “To The Core” (@tothecoremx), uma banda de rock gótico e com energia boa. Eu não os conhecia, mas a reação e o apoio foram bons. Fecharam com “Get out”, que mencionaram já ser um ritual para eles, a vocalista sacou um cetro que culminava com chifres e caveiras, que a acompanhou durante toda a música.
“Divina Blasfemia” (@divina_blasfemia.mx) apresentou seu MBE sem caracterização. Seu set começou bem, as pessoas se moviam no ritmo de sua música, mas ele queria mais e incentivava as pessoas a ficarem animadas. Abner trouxe uma garrafa e foi comprar bebidas para os participantes.
@_Morf.i.na ele acendeu velas em um pentagrama no chão. Foi a apresentação dela com Veneno (@veneno.voodoo). A atuação dele foi interativa, não pude prestar muita atenção porque estava com a câmera, mas deve ter algo a ver com tarô. Veneno, ele tinha as mãos saindo do corpo, oferecia cartões ao público, acho que Morfina também fez isso, mas foi o rosto dele que me chamou a atenção. Na segunda parte do ato cada um se viu no espelho do outro. No final, parecia que eles estavam colocando fios nos piercings um do outro.
A performance despertou muito interesse, então Divina começou a chamar mais atenção, por exemplo, derramando sobre si mesma a cera de uma das velas, o que foi muito bom, pois deixava o cenário cada vez mais intenso e havia um back- entre prestar atenção à performance definida pela música e depois voltar a atenção para o músico. Ao final, DivinaBlasfemia disse que esta foi sua última apresentação em muito tempo. Muitos rejeitaram suas palavras, sugerindo que ela estava mentindo, mas ela respondeu que precisava descansar um pouco.
Estava quente lá dentro, então entre cada show eu saía para pegar a chuva fresca.
Seguiu-se a virada do “Sex Vampire” (@sexvampireband). Seu primeiro álbum foi lançado há alguns meses, mas muitos participantes já conheciam suas músicas. O set começou forte, Helly (vocal) veio interagir, dedicou músicas e dançou com o pessoal. Quando o álbum deles foi lançado, me deu vontade de vê-los ao vivo, achei que SexVampire soava muito parecido ao vivo com o que eles fazem no álbum, o que não é comum. Quando terminaram, as pessoas começaram a pedir outro, Helly respondeu rindo que poderiam ter um novamente. E assim foi, repetiram Mortal Wish, e todos ficaram satisfeitos.
Helly fez aniversário, então houve bolo para os presentes. Depois do bolo, perguntei ao Abner como ele se sentia (já que a banda dele estava prestes a estrear), ele disse calma. Abner foi um ótimo anfitrião, movimentando-se, certificando-se de que tudo estava em ordem.
Por volta das 2h da manhã Zelene (@Zelene_band) começou. O espaço encheu rapidamente, eu estava tirando fotos na sala de um lado e quando entrei tive dificuldade para passar. Foi um bom set, músicas com um som cru, emocional e sincero. A resposta que receberam foi calorosa, assim como a banda, conversando, brincando e cumprimentando o público entre as músicas. A banda possui 2 músicas nas plataformas, seu live set contou com 6 músicas próprias e 2 covers, ou seja, estão muito próximos de ter material para um álbum do seu projeto de metal/hard gótico.
1. Phobia (su primer single)
2. Rock_N’_Pocalypse_
3. Lucretia-my-Reflection (_SistersOfMercy_)
4. Sacrifice_(_LondonAfterMidnight_)
5. Súcubo
6. Adrenalize
7. Walpurgis (segundo single)
8. Carmesí
Depois da Súcubo, Abner disse que precisava beber um pouco, porque a Súcubo o havia drenado (haha). Semelhante ao VampireSex, eles repetiram uma música para encerrar, no caso deles foi Walpurgis. Aqui o Abner trouxe novamente o pessoal e mencionou que eles fizeram isso para o vídeo do Walpurgis, ele passou para o pessoal, o que deu um impulso de energia, dando um fechamento bem firme.
Depois trouxeram a piñata, mas estavam demasiado entusiasmados para esperar. Assim que chegou começaram a quebrá-lo com golpes e chutes.
Pastel, piñata, tragos gratis, un buen performance y buena música, fue el Luna de Sangre Fest.
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