Mercyful Fate - Don't break the oath
Mercyful Fate – Don’t break the oath

 

Hoje trataremos de um disco que é considerado por muitos, inclusive por este que vos escreve, como sendo o melhor da carreira desta banda:  DON’T BREAK THE OATH – MERCYFUL FATE.

Álbum lançado em 07/09/1984 trouxe de forma escancarada o satanismo. Os vocais macabros de King Diamond estão na melhor fase, os guitarristas Hank Shermann e Michael Denner formam uma dupla fantástica com riffs cortantes, intrincados e extremamente criativos, fugindo do convencional que havia na época. Na cozinha temos o baixista Timi Hansen e o baterista Kim Ruzz, dois músicos muito competentes.

Muita polêmica foi criada em torno do Mercyful Fate, afinal o conteúdo lírico aqui  foi classificado como black metal com uma capa assustadora, mas a essência é heavy metal genuíno e tradicional.

Meu contato com esse fabuloso álbum aconteceu em 1987. Quem viveu a época se identificará com esta história. Se você não podia comprar o álbum você ía na loja e fazia uma seleção de musicas da diversos discos e gravava uma fita K7. Nem sempre você podia ouvir os álbuns e sendo assim, aleatoriamente escolhia. Por sorte escolhi, numa das inúmeras seleções que fiz, a música A Dangerous Meeting e Gypsy. Chocantes num primeiro momento, mas despertou em mim a vontade de conhecer mais a respeito da banda. Sem internet ficávamos a mercê de revistas como a Metal e Rock Brigade com a esperança de encontrar algo a respeito da banda, o que nem sempre acontecia.

Pois bem, este álbum em minha opinião é excelente do inicio ao fim. Tão excelente quanto macabro e assustador. O disco inicia com uma das melhores músicas da história da banda: A DANGEROUS MEETING – Riff maravilhoso com King Diamond mesclando uma linha vocal tradicional com vozes agudíssimas. Solos inspirados com muito feeling estão aos montes nessa faixa bem como as variações rítmicas.

Outra que destaco é NIGHT OF THE UNBORN – Abre com um grande solo de Shermann, King canta a música toda com um vocal agudíssimo. Aqui a melodia vocal empregada por King, é totalmente diferente das bases. O instrumental é bastante complexo.

Destaque total também para THE OATH – A música que inspirou o título do álbum. Introdução assustadora com teclados demoníacos, chuva, trovões, sinos e King Diamond declamando uma espécie de Ode à Satã. Risadas macabras e com riffs fantásticos a música se inicia sendo entrecortada de excelentes solos e variações rítmicas maravilhosas.

https://www.youtube.com/watch?v=9SlvB2Z-_C4

Enfim, todas as músicas são maravilhosas. Ouça e tire suas conclusões, pois aqui estão clássicos eternos da banda como COME TO THE SABBATH, que encerra o disco de forma magistral. Aqui quero abrir um parêntese para destacar uma curiosidade. Aos 3:40min da música inicia um riff que se assemelha ao riff da introdução da música Wonderful and lost da banda pioneira do metal de SC ORQUIDEA NEGRA. Certamente Vinícius Porto e Robson Anadon (guitarrista à época e atual baixista) da Orquídea foram muito inspirados por bandas como Mercyful Fate. Creio que seja apenas uma coincidência.

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