O que se espera de uma banda de metal encontramos no Iron Curtain. Pode parecer fanatismo para nós, mas uma capa que inclui um bárbaro com capacete e cruz invertida, cinto com o símbolo mais icônico do Motorhead, com espadas, caveiras, capacete alemão, pulseiras com pontas, jaqueta de couro, tridente e uma masmorra ao fundo, nada mais é do que a descrição do que muitos de nós éramos quando começamos no mundo pesado. Queríamos nos sentir poderosos, e esses eram nossos plugins. É assim que esta banda de Murcia (Espanha) apresenta o seu álbum Metal Gladiator, no qual podemos encontrar um som de metal muito puro, da velha escola, com grande velocidade e harmonia ao mesmo tempo, um álbum que não o deixa indiferente. Ninguém que goste de voltar sempre à essência deste género musical.
Tracklist:
– Crossing the Acheron: Começamos com uma aura sombria, mostrando a qualidade harmonizadora das guitarras desta banda. Um ótimo trabalho com guitarras clássicas espanholas.
– Burn in Hell: Dos nomes que não podem faltar para uma música. Começa rápido e não para até o final. É aqui que encontramos o primeiro contato com a voz, gasta, que lhe confere aquele toque de grosseria que sempre acompanhou o metal dos anos 80.
– Rattlesnake: Outra estrutura clássica de introdução, bateria e baixo iniciando a música, com ainda mais velocidade e força do que antes. Mas, espera aí, quem canta? O vocalista coloca sua voz de tal forma que não podemos deixar de lembrar do grande Lemmy Kilmister.
– Metal Gladiator: A música que dá título a este álbum, e como sua capa, é um conglomerado de tudo o que se espera de uma excelente música de speed metal. E acima de tudo, o mais icônico dela é seu refrão, onde diz nada mais que “Heavy Metal Gladiator!”
– Rough Riders: Tem gente por aí que fala que solos de guitarra não vendem mais, estão fora de moda, etc. Nada poderia estar mais longe da realidade, alguns solos que nos evocam a toda a velocidade, uma viagem de mota a um festival ou concerto, colegas de metal e cervejas.
– Stormbound: Talvez a música que mais evoca uma sonoridade clássica, e em sintonia com o álbum, sem saturar as guitarras na sua distorção, permitindo que as várias nuances sejam muito bem apreciadas em cada momento.
– The Running Man: Ótimo fechamento, mantendo a linha de todo o álbum, tentando condensar todos os elementos marcantes do grupo em uma única música, e Gentlemen! Está completamente feito.
Em suma, um grande álbum do início ao fim, muito bem pensado e masterizado. Para quem não está acostumado com esse estilo e com as sonoridades mais clássicas, pode ser algo mais estranho ou até repetitivo, mas para quem gosta de relembrar como foi seu próprio começo no mundo do metal, duvido que fique indiferente ao som desta banda.