Quilombo

Existe uma questão social que se arrasta há anos no Brasil, uma questão delicada, mas tão problemática e presente na nossa cultura desde que os Portugueses resolveram esquecer a mão de obra escrava indígena e passou a trazer mão de obra escrava africana, como quando começou a ser ter noção da reforma agrária aqui em nosso País. Assunto esse delicado, pois estamos falando de descendentes de escravos e terra, pose da terra, em um mundo aonde a terra é cada vez mais escassa e sendo disputada em âmbito global.
Então gostaria de chamar a atenção para a situação dos moradores Quilombolas, que hoje temos cerca de 193 comunidades quilombolas com titulo de propriedade de seu território, que representa 6% da totalidade estimada, ou seja, temos mais 3000 comunidades quilombolas esperando pela morosidade da União para torná-las legais, mas seria mesmo morosidade ou descaso e desinteresse pela situação de ex-escravos que pleiteiam por direito a essas terras previstas na Constituição Brasileira e na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, mas a verba destinada para esse fim não é utilizada em sua totalidade para a regularização de terras quilombolas, o governo federal não garantiu ao INCRA as condições para agilizar o processo, algo que muito provavelmente permanecera assim, pois ate com governantes ditos de esquerda não resolveram a questão, claro que eles evitam o desconforto de serem contrários aos “donos da terra” e empurram a questão e assim seus moradores, descendentes de escravos que ali estão antes de todos os latifundiários que estão de olhos em cada palmo de terra do nosso território.
Lamentável que depois de tudo que passaram na sua vinda forcada do continente africano, sua vida escrava de Sofrimento, tortura morte e violência de todos os tipos, conseguem se libertarem, da maneira mais revolucionaria possível e perdem para o inimigo mais letal que qualquer povo revolucionário ou não, possa ter, os Latifundiários.
De uma “Nação de Reis”, a uma nação de “eternos escravos fugidos”, agora não mais dos Europeus, mas da criação deles mais poderosa e letal, o Capitalismo Selvagem, dos arcaicos e cruéis latifúndios, da morosidade e desinteresse da União, dos seguidos governos que simplesmente ignoraram a questão, pelo menos não a trataram com o cuidado e respeito que a questão merece.
Autor : Panda Reis – [email protected]

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