Chegámos ao último dia de Laurus. O calor faz-se sentir e a animação no campismo continua acesa mesmo depois dos banhos de água fria e das noitadas anteriores.
Pelas 16:15h esperávamos Dishonour no palco ECOS para abrir as hostilidades do último dia. A banda de Death Blackened Metal, infelizmente, viu-se obrigada a cancelar o concerto à última da hora por motivos de força maior.
Assim, fomos espreitar os portuenses Cabbra que não desapontaram. Com uma energia contagiante, aqueceram bem o público (que já juntava bastantes pessoas), para os veteranos Xeque Mate.
Os “pais do heavy metal português” começaram de forma estrondosa com um público bastante composto. A banda, formada na cidade do Porto em 1979, demonstrou também o seu apoio ao centro comercial Stop, bem como a organização do festival que apelou à adesão da manifestação no dia 24. Sem dúvida uma banda que vale a pena ver e re-ver.
Apotheus, previstos para o palco ECOS tocaram simultaneamente a Capela Mortuária (palco CEVE). Apresentaram uma performance sólida contando com vários temas do álbum “The Far Star” e também os trabalhos mais recentes como é o caso do mais recente single “The Unification Project”.
Set list:
Prelude
Caves of Steel
Redshift
Shape and Geometry
The Unification Project
Firewall
Cogito
The Darkest Sun
The Pull of Plexus
Staring the Abyss
A New Beginning
Outro
Os bracarenses Capela Mortuária incendiaram o palco CEVE e depararam-se com um público entusiasta que não se poupou aos mosh pits e mesmo ao crowd surfing.
Pitch Black, já queridos do público nacional, foram sem dúvida uma das melhores performances dos três dias de festival. Passando por vários temas já conhecidos do público, que não se acanhou e acompanhou a “thrash killing machine” ao longo de todo o concerto.
Os músicos do palco secundário ECOS não tiveram sorte ao longo do último dia, depois de vários problemas técnicos que afetaram bastante as atuações de algumas bandas. Uma das bandas mais afetadas foi Inhuman Architects, onde o som e a luz falhou no início do concerto. Mesmo assim, o público mostrou o lado mais bonito da cena e puxou pela banda assobiando e gritando “Vocês são os maiores!” enquanto o problema ainda não tinha sido resolvido. Ao longo do concerto, quando pensávamos que íamos desistir, o som e a luz foi melhorando. A banda fez o seu melhor e deu tudo, e podemos afirmar que o seu deathcore não passou despercebido e deixou um impacto positivo.
Os Hate, uma das mais proeminentes na cena black/death metal na Polónia, eram uma das bandas mais esperadas da noite. Tanto assim foi que o público não queria que o concerto acabasse, cantou a plenos pulmões e pediu mais no final – e os polacos entregaram.
Estavam já a começar Grunt e ainda tocavam Hate, que se estenderam bastante para lá do previsto. Por essa razão, o palco ECOS não teve a atenção merecida e havia pouco público.
Apesar do pouco público inicial e de alguns problemas técnicos, os portugueses não se deixaram intimidar e deram um performance sólida e crua (no bom sentido).
Set list:
Valsa Libertina
Teratoid Latex Feudalist
Piedade
With Agony Driving So Deep
Helix Masterpiece | Supreme Rubbercore
Topless Buffet
Relinquish Control
The Blackest Suitors
Shemale
Goth Girls Don’t Say No
Os grandes cabeça de cartaz Katatonia foram os mais aguardados pelo público, muito do qual nem arredou pé para não perder o lugar na fila da frente. Começando com temas do mais recente álbum “Sky Void of Stars” e passando por vários mais antigos como “My Twin”, conquistaram o público e os fãs presentes. Um concerto que dificultou a vida aos fotógrafos mas que soube a pouco no final.
Set list:
Austerity
Colossal Shade
Lethan
Deliberation
Birds
Winter of Passing
Forsaker
Opaline
My Twin
Atrium
Old Heart Falls
July
Evidence
Bandas no palco CEVE: Cabbra, Capela Mortuária, Liberad Al Kraken, Blind the Eye. DJ: Darkim
Texto e fotos: Tatiana Pinto
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