REVIEW – A3: FARO ALTERNATIVO 2023 – 2º DIA (6 de Outubro) – FARO – PT

Foi na sexta-feira passada, dia 6 de Outubro que se realizou o 2º dia do festival Faro Alternativo na Casa das Virtudes, em Faro e como cabeça de cartaz os Bizarra Locomotiva.

CARTAZ

Foi na sexta-feira passada, dia 6 de Outubro que se realizou o 2º dia do festival Faro Alternativo, organizado pela A3: Associação Algarve Alternativo na Casa das Virtudes em Faro e como cabeça de cartaz os Bizarra Locomotiva

Mais uma noite quente no sul e os algarvios Baltum já estavam prontos, no palco pequeno, para nos dar uma estreia incrível no FA e o segundo concerto desta banda.

Com uma combinação de death/black metal melódico e já com o seu primeiro EP ‘Losing Myself’ disponível online, o público estava ali para apoiar esta nova promessa na música extrema e muitos deles já pareciam conhecer as músicas muito bem. 

Nota positiva para os Baltum que representaram muito bem o Algarve e foi uma óptima escolha para a abertura deste dia.

(Devo dizer que a luz neste palco não era a melhor para registos fotográficos mas para o género de bandas que tocaram fazia todo o sentido, pois as luzes estavam a iluminar em silhueta a vir somente por trás dos bateristas.)

No segundo e terceiro dia, as bandas iam alternando entre o palco pequeno e palco grande por isso não existiram pausas longas para troca de material. Basicamente, quando uma banda acabava, outra já estava pronta a começar.

Por isso, assim que os Baltum terminaram, já se ouvia o baixo do Paulo Rui (também vocalista de Besta) e a guitarra do Pedro Simões de Redemptus a vir do palco grande que já se encontravam prontos para nos invadir com o seu metal sludge de alta categoria. Do início ao fim, mostraram paixão pelo que tocam e proporcionaram-nos um espectáculo bonito de se ver e ouvir. 

Malhas como a ‘Blackhearted’, ‘Still Resemble the Silence’ ou ‘How Much Pain Can Fit in One’s Chest’, do álbum de 2021 ‘Blackhearted’, são o exemplo perfeito da versatilidade musical entre o peso e a melodia deste trio.

Nota super positiva e esperamos por outro concerto brevemente no sul.

Terminado o palco grande, já tínhamos o duo Soul of Anubis no palco pequeno prontos a entregar mais uma vez um sludge / doom metal bem agressivo e fantástico.

(Devo dizer que para registos fotográficos, a partir desta banda no palco pequeno foi uma desgraça, não sei se o ambiente escuro foi propositado mas os músicos tocaram quase às escuras e foi difícil sacar boas fotos.)

O baterista Rui Silva e o guitarrista/vocalista Hugo Ferrão, que tocava ligado a uma cabeça de guitarra e baixo em simultâneo (assim parecia), tocou malhas como ‘The Last Journey’, ‘Shade of Oblivion’ e ‘Black Mountain’ do álbum lançado em 2019.

 

Mais uma nota positiva e fico a aguardar por outro concerto com mais luz para os fotografar.

E agora no palco grande, já estava uma banda que ando para rever faz anos. Os Miss Lava com o seu rock stoner bem característico são uma banda que eu acompanhava mais quando vivia em Lisboa e foi bom reviver as músicas antigas como as mais recentes.

Uma energia incrível, que se pode notar pelas fotos, de toda a banda fez o público vibrar e foi, sem dúvida, um dos melhores concertos desta edição.

Último concerto do palco pequeno e foi a vez dos Sphinx fecharem este palco (novamente às escuras) com o seu brutal deathcore. Com formação metade portuguesa, metade inglesa estes moços distribuíram uma carga de porrada tal que ficámos colados do início ao fim.

O peso e técnica do instrumental em conjunto com a voz incrível do André Oliveira aka Andrew Oliver faz com que as paredes de qualquer evento tremam. 

Mais um concerto bem sucedido e parece que estes meninos irão lançar um novo álbum brevemente.

Agora para finalizar, vou ser sincero quanto a Bizarra Locomotiva. Fiz o meu trabalho de casa ao ouvir músicas, vídeoclips e fotos mas pensei que iria ser só mais um concerto de uma banda de metal. Estava enganado!

O ambiente que se cria em redor do vocalista Rui Sidónio em conjunto com os instrumentais de Alpha, Miguel Fonseca e Rui Berton são de uma beleza suja e dura. 

Foi mais de uma hora de ritmos e sons de metal industrial que fez nós todos ficarmos colados ao palco a assistir a algo inexplicável, a algo que só visto ou sentido. 

Devo dizer que Rui Sidónio possui uma energia inesgotável, passou pelo público várias vezes sempre com uma postura firme enquanto gritava a sua lírica num tom de voz dos infernos.

Sem dúvida, um concerto que adorei fotografar e espero um dia voltar a fazê-lo.

Um muito obrigado ao Faro Alternativo, à Associação Algarve Alternativo e à Casa das Virtudes por proporcionarem 3 noites de boa música alternativa ao vivo.

Para mais fotos:

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