Com uma carreira  com mais de duas décadas e inúmeros projetos e trabalhos lançados,  Lean Van Ranna lança o seu álbum solo, chamado “Origins”

“Origins” se destaca como um trabalho surpreendente onde, de maneira equilibrada, você encontra temas que vão do Hard Acústico,  passando pelo Power Metal, Thrash Metal, até o Metal mais moderno .

O album inicia com “Apocalipse” numa entrada épica, com violinos cravo e violoncelo. Seguindo, a banda com marcações com bases e levadas bem Power Metal, os instrumentos eruditos soando, uma parada para efeitos de sintetizador e o peso volta com vozes na vibe de um coral, para a entrada do canto,  juntando a base com o efeito do sintetizador,  refrão com base marcada e bem palhetada na guitarra.

“Atalaia” é  mais cadenciada e tem um clima de teclado com vozes e citações,  é uma faixa bem pesada , ela muda ao meio com riffs e palhetadas fantásticas de guitarra com uma voz aguda e drives fantásticos ! Os solos de guitarra acontecem de maneira primorosa. Um final bem rápido e avassalador.

Terceira faixa, “Maestro” possui um riff inicial lembrando a banda Nevermore na fase da guitarra de 7 cordas e segue assim, letra no idioma em espanhol, um solo de teclado na vibe Dream Theater, muito bom.

Em “The Future Will Come”, tem uma com cara de metal mais moderno, e que é muito boa, versatilidade vocal e peso marcam o tema, seguindo com “Sangra Alma”, entrada pesada e moderna novamente com destaque para os dois bumbos da bateria e mais uma vez a voz e riffs de guitarra maravilhosos!

“A três passos do fim” possui uma introdução com piano e uma vibe Linkin Park , na estrofe, com guitarra “clean” e refrão no drive seguindo mais em frente, um vocal bem na pegada gutural e um riff bem legal ao fundo .

“O amor”, uma entrada com violão e uma linha melódica e estilo de voz lembrando muito o saudoso André Matos no Angra. É impressionante a versatilidade de Lean Van Ranna! Uma balada belíssima,  curta , com um pouco mais de 2 min. Fantástica!

“Todo poder”, melodias oitavadas de guitarra levam a um canto com as mesmas, clean, bateria e baixos marcados.  Evolui para vocais agudissimos e peso. Mais dobras de guita a frente com o teclado  um instrumental muito bacana lembrando o Rainbow de Ritchie Blackmore . No final,  após o solo de guitarra, aliás, primoroso também,  encerra com um dedilhado na “guita”.

“To the Heavens” é  na pegada anos 90, Hard Heavy com um refrão com as vozes em cima do riff de guitarra, e um solo muito bacana da “guita”. “War”,  o legal dela é que começa como se estivéssemos colocando a agulha do tocador dos discos de vinil para tocar e um riff bem bacana de guitarra, letras em espanhol e novamente as guitarra com bases muito bacanas no refrão, seguido de linhas melódicas, dobras e uma palhetada bem sincronizada com a batera seguindo com uma voz chegando ao gutural, retornando ao refrão,  voltando,  ótimos solos de  guitarra com as bases calçadas no Heavy Thrash anos 90.

Se encaminhando para o final do álbum, temos “The Stryper Song”, uma balada com lindo de dedilhado e uma homenagem a banda Stryper. Encerrando com “As Noivas” um inicio muito bacana com uma das guitarras fazendo um riff palhetado e a outra oitavando una melodia, voz agudíssima. Um teclado bem marcante no pré-refrão,  letras em português, parte final com um vocal surpreendente.

Cantado em 3 idiomas “Origins” supreende em inúmeros quesitos,  onde posso destacar a qualidade e a versatilidade de Lean Van Ranna na voz, a ousadia de sair da “caixinha” musical sem perder a homogeneidade. Recomendadissimo!

Tracklist

  1. Apocalipse
  2. Atalaia
  3. Maestro
  4. The Future Will Come
  5. Sangra Alma
  6. A três passos do fim
  7. O Amor
  8. Todo Poder
  9. To the Heavens
  10. War
  11. The Stryper Song
  12. As Noivas

 

Nota 9,5/10

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