Álbum de Horror Punk lançado em 28 de abril de 2023. O álbum é muito bom, soa tão bem como a maioria das obras de Horror Punk, como AFI e Misfits, por exemplo. Muito bem gravado também, soa um pouco moderno. As vezes soando um pouco como Rise Against, tem uma pegada mais fresca, talvez intencionalmente pela banda.

É um pouco curioso como o gênero Horror Punk, apesar do nome, soe muito alto astral na maior parte das vezes. A entonação dos vocalistas, o ritmo muito rápido das músicas e a duração curta das faixas e a fantasia muito evidente nas letras e nas temáticas acaba com qualquer atmosfera densa que o Horror Punk poderia trazer, no final das contas pode-se dizer que essa nem seja mais ou nunca nem tenha sido a própria intenção das bandas de HP.

Se é que isto seja um problema, o álbum não soa tão original. Mas também não tem a menor pretensão de esconder suas influências. Como Lemmy Kilmister disse em vida: “Não espere mais uma revolução musical nos próximos anos”. Embora o disco se pareça com muita coisa, inegável que é uma obra inspiradíssima, eletrizante e que com certeza agrada muitos divergentes políticos, fãs de horror no geral, skatistas e fãs de punk rock. Tudo isso com um certo contraste entre o moderno e underground muito interessante e as vezes até meio imperceptível.

Algumas faixas possivelmente fiquem até na cabeça depois de uma segunda ouvida. O álbum embora não seja cliché tem uma vibe bastante pegajosa. Na verdade, isso era a intenção de muitas bandas de Hardcore Punk ao longo dos anos. O Descendents, por exemplo, afirma que não gosta de sua faixa Schizofrenia. Uma faixa longa, já foi até chamada de “jazz punk”. O motivo: não soa “catchy” o suficiente. Aqui não é diferente, a obra pode ser muito bem tocada em uma festa na qual o público curta rock.

O álbum tem 11 faixas e todas relativamente curtas, vale a pena pra todo entusiasta dessas temáticas.

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