Com fãs encostados aos portões desde as 15h, o LAV – Lisboa Ao Vivo recebeu HANABIE., a banda japonesa que está a conquistar o mundo com o seu “nu metalcore” ao estilo de Harajuku.

Apesar dos bilhetes ainda disponíveis no momento da abertura de portas, a Sala 2 do LAV – Lisboa Ao Vivo, em particular as primeiras filas, foi enchendo a grande velocidade, com os maiores fãs a colarem-se rapidamente à grade, onde foi, de imediato, estendida uma bandeira de Portugal.

O público de HANABIE. | @the.goldenrush

Os primeiros a subir ao palco foram os Albert Fish, uma das mais antigas bandas portuguesas de punk-rock no ativo. Inês Menezes, a nova vocalista da banda, que assenta no grupo como uma luva, e que já deixou a sua marca no estúdio com o mais recente álbum da banda – “Save The Planet, Kill Yourself”, lançado em abril deste ano – sabia que estava a atuar para um público que queria ver a banda japonesa, e fez questão de o mencionar humildemente.

Albert Fish | @the.goldenrush

Contudo, a verdade é que esse mesmo público impressionou a vocalista, com os muitos sorrisos que foi mostrando desde início, e que foram, também, motivo de apontamento por parte de Inês, que, atraída pela receção calorosa, acabou por não resistir à tentação de se juntar, em várias músicas, ao público que se encontrava na grade. Foi um concerto absolutamente elétrico do início ao fim, com a vocalista a liderar as operações, fazendo o público gritar, aplaudir e saltar, chegando até a correr de um lado para o outro do fosso no tema “Turning Point”.

Albert Fish | @the.goldenrush

De seguida, poucos minutos após as 22h, subiram ao palco as estrelas mais aguardadas nesta noite – Yukina (voz), Matsuri (guitarra), Hettsu (baixo) e Chika (bateria) – entrando uma de cada vez, o que valeu uma ovação individual a cada uma das integrantes de HANABIE. logo a abrir o concerto. Sendo aplaudidas todas por igual, é verdade que se notou um entusiasmo especial aquando da entrada de Chika, dada a lesão que tinha sofrido no pulso, que motivou o cancelamento dos concertos nos festivais Graspop Metal Meeting e Full Force, assim como de um concerto em nome próprio em Paris.

HANABIE. | @the.goldenrush

Em boa hora a banda voltou a tocar ao vivo, para uma concerto de muita interação com o público. De facto, o grupo japonês fez questão de se aproximar dos fãs, integrando-se, tanto quanto possível, na cultura portuguesa, servindo-se, logo de início, de cerveja Super Bock, e a seguir, de um pastel de nata, para introduzir, naturalmente, o tema “We love sweets”.

Entre muitos saltos num palco com trajes e luzes coloridas, que contrastavam com a música pesada que nele foi sendo tocada, ao longo de praticamente uma hora de concerto, a banda apresentou o seu trabalho – os dois álbuns “Girl’s Reform Manifest” (2021) e “Reborn Superstar!” (2023), e os singles lançados este ano, “GIRL’S TALK” e “OTAKU”, que foi o tema tocado em encore, após pedido do público.

Num concerto caracterizado por música tecnicamente fantástica, foi ainda mais admirável a forma como estas jovens, mesmo numa língua significativamente diferente, conseguiram reunir tantos fãs, os quais demonstraram a sua paixão gritando por HANABIE. desde o primeiro segundo.

HANABIE. | @the.goldenrush

Setlist – HANABIE.: 1 – ぶっ壊す!! | 2 – NEET GAME | 3 – 今年こそギャル | 4 – We love sweets | 5 – Ghost Mania | 6 – GIRL’S TALK | 7 – L.C.G | 8 – Osaki Ni Shitsurei Shimasu | 9 – OTAKU

Terminada esta noite, restou ficar agradecido à Prime Artists e recarregar baterias para o evento seguinte da promotora – o muito aguardado Evil Live.

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