Para os fãs de metal extremo, a noite prometia peso e brutalidade. Embora a casa estivesse um pouco vazia no início, ela foi ganhando corpo, e o público, mesmo tímido, aguardava ansioso pelo que estava por vir.
A “Final Creation” abriu o evento com uma performance sólida, marcada por riffs pesados e muita técnica. O som denso da banda ressoou pelo ambiente, e alguns fãs, com cervejas na mão, começaram a se aproximar do palco, aquecendo a atmosfera para as próximas apresentações.
Entre uma apresentação e outra, a área de merchandising estava movimentada. Camisetas, CDs, adesivos e outros itens das bandas presentes estavam disponíveis, e muitos fãs fizeram questão de adquirir algum item para lembrar da noite. Com preços acessíveis, as vendas de merchandising reforçaram o apoio do público às bandas, contribuindo para o fortalecimento da cena e criando uma conexão ainda mais próxima entre os artistas e seus seguidores.
Em seguida, a “Infectos” trouxe uma dose extra de brutalidade ao palco, apresentando faixas marcantes como “Ed, o Conturbado”, “Waking Undead”, e “Pleasure in Decapitated”. A banda, com seu brutal death metal, fez o público se agitar ainda mais e embora não houvesse mosh nesse momento, os fãs em frente ao palco batiam cabeça ao ritmo intenso das músicas. A performance durou cerca de 50 minutos, deixando uma impressão poderosa e preparando o terreno para as próximas bandas.
A noite continuou com a “Sepulcral Whore”, que entregou um Death Metal técnico e muito bem executado. A banda apresentou uma setlist intensa que incluiu faixas como “Schizophrenic Killer”, “In Slumber They Succumb”, e “A Poem of Death”, cada uma trazendo uma atmosfera sombria e pesada. Os fãs mais fiéis acompanharam cada acorde e embora a ausência de mosh fosse notável, as cabeças balançavam com intensidade. A banda mostrou uma presença de palco sólida e envolveu o público com sua sonoridade crua e densa, especialmente com o encerramento impactante de *Malicious Conflagration*, que selou a apresentação com um toque de brutalidade.
Quando a “Expurgo” subiu ao palco, a energia se transformou completamente. Com uma setlist potente, a banda entregou clássicos como “Blast of Truth”, “Coalesce Sickness”, e “Human Hardware Dysfunction”, levando o público ao delírio. O ponto alto foi o cover de “Boneyard”, da lendária banda Impetigo, que trouxe uma onda de nostalgia e fez a plateia vibrar ainda mais. O guitarrista Phil, mesmo após uma queda, surpreendeu ao continuar tocando deitado hehehehehe, enquanto Egon, o vocalista, interagia de perto com o público, cantando junto e até jogando água na plateia, gerando uma adrenalina intensa. A performance incluiu stage dives e mosh pits agressivos, elevando o clima ao máximo.
O guitarrista Phil, mesmo após uma queda, surpreendeu ao continuar tocando deitado hehehehehe
Encerrando a noite, “Flesh Grinder” trouxe o peso do Death/Gore Grind ao palco, com uma performance visceral que marcou o encerramento do evento. A banda, formada em 1993 em Joinville (SC), apresentou uma setlist destruidora, incluindo faixas como “Tanatognose”, “Graveyard Meat”, e “Granulomatous Inflammation with Elliptical Macrophages”. A energia brutal da banda ressoou pelo espaço, e mesmo com o público um pouco menor e visivelmente cansado, a dedicação dos fãs não diminuiu. Surgiram alguns moshes tímidos, mas a intensidade não deixou de contagiar o ambiente até o último acorde.
A noite foi marcada por um nível técnico altíssimo, com cada banda proporcionando uma experiência única e intensa. Fãs dedicados de várias partes do país, incluindo Salvador e Porto Alegre, viajaram para prestigiar, especialmente, as apresentações de “Expurgo” e “Flesh Grinder”, reforçando a força do metal extremo e a fidelidade do público. Com cervejas acessíveis, a energia não faltou até o fim, fazendo dessa noite uma celebração brutal e inesquecível, que deixou todos ansiosos pelo próximo evento.
A noite foi marcada por um nível técnico altíssimo, com cada banda proporcionando uma experiência única e intensa.