A banda independente Where Shadows Dwell, possui uma formação única composta apenas por Casey Sturgeon e Daniel Coleman. A dupla assume a escrita, gravação e produção de suas músicas originais, colaborando com diferentes vocalistas para cada faixa.
O álbum Into The Abyss apresenta quatro faixas exclusivas, incluindo uma balada de metal, e é um excelente exemplo do espírito Do It Yourself na música.
A capa do álbum é um destaque à parte, retratando uma mulher em meio à escuridão de um abismo, casando perfeitamente com o título. A arte visual complementa a profundidade e a intensidade das músicas presentes no álbum.
Confira uma análise detalhada deste trabalho que com toda certeza vai conquistar os fãs do gênero.
Análise Faixa a Faixa:
A primeira faixa, “Realm Of Sorrow”, com a participação de Eric Castiglia nos vocais, inicia o álbum com intensidade, mostrando a que veio. Com influências claras de Bullet For My Valentine e Killswitch Engage, a música combina velocidade, vocais screamo e refrões melódicos. A letra transmite uma mensagem otimista sobre liberdade e autoexpressão. É uma abertura poderosa que certamente captará a atenção dos fãs de Metalcore.
“Time To Die”, com a participação de Silent Rick nos vocais, também mantém a intensidade com uma mistura de screamo, guturais e refrões melódicos. A faixa fala sobre a quebra de correntes e viver com propósito, reforçando a energia do álbum.
A terceira faixa, “Demons”, traz a bela voz de Eresseie, diferenciando-se como a balada do álbum. Com uma letra melancólica sobre medos e dores, a faixa explora os “demônios” internos de cada um. A inclusão do vocal feminino adiciona uma camada extra de emoção e diversidade sonora ao álbum.
Encerrando o álbum, “Won’t Back Down”, novamente com Eric Castiglia, é, para mim, a melhor faixa. Muito interessante a inclusão do nome da banda no primeiro verso. A letra fala sobre desafiar e não recuar, combinada com uma estrutura de versos e refrões curtos, mas soando mais pesados. O breakdown no meio da música eleva ainda mais a intensidade.
Considerações Finais:
A escolha de trabalhar com diferentes vocalistas em cada faixa mantém o álbum envolvente. As influências de bandas consagradas do Metalcore são evidentes, mas a banda consegue imprimir sua própria identidade principalmente por essa diversidade.
A surpresa, para mim, é o nome do álbum vs. as letras. A percepção que temos quando vemos a arte da capa, é de que ele é mais melancólico, com letras mais profundas e tristes, quando na verdade, ao ouvir você entende que não é sobre estar no abismo, e sim sobre sair dele.
A produção e gravação feitas pela própria banda são impressionantes, resultando em uma qualidade sonora que rivaliza com produções profissionais. Into The Abyss é um álbum cativante, que certamente agradará os fãs de Metalcore e deixará todos ansiosos pelo próximo trabalho da banda.
Nota do editor: 8.5/10 – Avaliando capa, qualidade das músicas e gravação, letras, temática e produção.