Dos confins mais remotos de Kansas City (…que aliás estará em festa devido o Super Bowl LIX…), mais precisamente da enigmática Topeka, emerge o Tundra, uma força indomável no cenário do death/metalcore. Com uma proposta ousada de redefinir os contornos desse gênero visceral, a banda entrega ao mundo seu mais novo trabalho, Eternal, uma obra que promete ecoar nas entranhas da alma a partir de abril de 2025.

Para os verdadeiros apreciadores do estilo, este álbum é um banquete sonoro, um néctar agridoce onde brutalidade e melodia se entrelaçam com maestria. A densidade poética de suas letras, carregadas de crítica e lirismo, encontra um equilíbrio perfeito com riffs cortantes e downtempos cadenciados que se fundem de maneira quase hipnótica. Tudo isso é subitamente rompido por um gutural avassalador, que ressoa como um trovão nas profundezas do ser, deixando uma marca indelével em quem se atreve a escutá-lo.

“Alone”, a faixa que inaugura essa jornada sonora, funciona como uma chave que destranca os sentidos, preparando-os para a avalanche devastadora que se desdobra ao longo do álbum. Mais do que uma introdução, é um rito de passagem, um chamado à imersão espiritual que se intensifica a cada faixa subsequente. Vale destacar a excelência da mixagem, primorosamente lapidada e entregue ao público sob o selo da Rottweiler Records.

Entre os destaques, Smoke and Mirrors se ergue como uma peça de melancolia refinada, onde vocais mais humanizados contrastam com a ferocidade gutural que logo irrompe, culminando na brutalidade avassaladora de Hostage. O álbum, como toda obra de peso, possui momentos de ápice e passagens menos incendiárias, e não sustenta o mesmo ímpeto até seu desfecho. A faixa Insane, em particular, destoa do conjunto, assumindo uma identidade distinta que pode dividir opiniões. No entanto, a escolha de ousar e subverter expectativas é, sem dúvida, um traço marcante da identidade do Tundra.

Longe de ser uma obra esquecível, Eternal se afirma como um álbum visceral, profissional e meticulosamente executado — um equilíbrio perfeito entre violência e melodia. É uma experiência sonora crua, intensa e magnética, que me prendeu em um loop hipnótico por dias a fio.

Vale ressaltar que no dia 10 de janeiro a banda lançou o single “Welcome to Hell” que se apresenta como um teaser do petardo que nos espera em Eternal.



 

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3 Caveiras… 💀💀💀

Nota 8,5!

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