A última Xapada Session, realizada na sexta-feira, 28 de junho, em parceria com a SLC Productions no RCA Club em Lisboa, proporcionou uma noite repleta de metal underground de alta qualidade. A noite contou com a presença explosiva dos VËLLA, acompanhada pelos potentes Critical Hazard e os jovens Vengeful Fate.
Apesar de as portas terem se aberto com 10 minutos de atraso, isso não afetou o horário e tempo das apresentações das bandas!
Vengeful Fate: A Nova Promessa do Metal Underground
Às 21:49, os jovens da banda Vengeful Fate aqueceram o público com sua combinação de NU, Stoner e Metalcore. Abrindo com a pesada “Hear The Wolves”, a banda apresentou um setlist de sete faixas que reforçaram suas diversas influências, trazendo um metal alternativo e moderno.
Cada música possuía elementos únicos que ofereciam diferentes sensações ao público. Apesar de um início morno, a banda rapidamente capturou a atenção da plateia, que começou a bater cabeça e entrou em um mosh pit durante “Come Wasting”, devido ao seu início enérgico. A performance fluiu muito bem e terminou com aplausos calorosos!
Destaques notáveis incluem os vocais impressionantes de Gonçalo, os grooves cativantes alinhados com os riffs de guitarra, e a diversidade sonora de cada faixa, o que surpreendeu o público e mostrou o grande potencial da banda na cena underground.
Critical Hazard: Melodic Death Metal Feroz
A apresentação dos Critical Hazard começou às 22:42, com um set baseado no álbum de estreia “Storming from the Abyss”, tocado na íntegra. A faixa “The Nemesis March” iniciou o show com força, demonstrando o peso e a personalidade da banda.
Em “Madame Popova”, o público cantou junto, e “Flamethrower” vimos a formação de um pequeno mosh pit. Infelizmente, a partir da sétima faixa, “The Hunter”, a sala começou a esvaziar. No entanto, o público que permaneceu aplaudiu vigorosamente a faixa final “Hazard”.
Apesar do público reduzido – isso porque a banda apresentava um estilo menos alternativo e sim mais agressivo, imagino, ao contrário das outras duas atrações da noite – a performance foi explosiva, com uma qualidade sonora impecável. Os vocais agressivos de André Bento, combinados com os guturais de Joey Prazeres, foram destaques, demonstrando a força da banda mesmo diante de uma plateia comprometida.
VËLLA: A Atração Principal da Noite
Os VËLLA subiram ao palco às 23:53, com um jogo de luzes e suspense que aumentou a expectativa. O público, a esta altura de volta, estava animado para vê-los. A faixa de abertura, “Despair”, teve o público cantando junto e batendo cabeça no breakdown.
Seguiram com “Of Tyranny”, trazendo todos mais para frente. O primeiro ponto alto da noite foi “Of Excess”, com o público levantando as mãos e cantando firmemente os refrões. O segundo ponto alto foi “Of Requiem”, com um pequeno mosh se abrindo no início.
Um momento emocionante ocorreu em “The Promise”, quando Bruno Paiva subiu ao palco para cantar após 20 anos. Sua força vocal elevou a música e emocionou o público.
A banda encerrou a noite com “Of Savagery”, com um mosh pit a se formar logo no início da faixa. A apresentação terminou às 00:39, deixando o público muito satisfeito!
Os músicos estavam entrosados, com a voz de Pedro Lopes destacando-se pela excelente técnica, lembrando grandes vozes do metal moderno como Randy Blythe e Jonathan Davis. Foi uma bela atuação!
Última Xapada Session: resumo explicado pelo organizador!
As Xapada Sessions surgiram após a pandemia, inspiradas pelos eventos “Chá das Quatro” no RCA Club, com a missão de oferecer um bom palco para bandas que, de outra forma, não teriam muitas oportunidades. Com o apoio da promotora SLC Productions, as Sessions buscaram criar espaço para bandas originais, em contraste com os populares eventos de covers e tributos.
Infelizmente, a baixa presença de público e a falta de apoio entre os próprios músicos levaram à decisão de encerrar as Xapada Sessions nos moldes atuais. No entanto, o organizador reforça que continuará promovendo eventos de metal, seguindo os parâmetros do Xapada Fest.