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SEPULTURA em Lima, última noite do thrash brasileiro
Sepultura se despidió de los escenarios en Lima en este gran concierto acompañado por Serial Asesino y Nervosa en el Road to Metal 2024 gracias a PMC Shows.
A lendária banda liderada por Andreas Kisser, Sepultura, deu seu último grande show na cidade de Lima como parte de sua turnê de despedida “Celebrating The Through Death” no Centro de Convenções Barranco.
A grande noite foi acompanhada pelas bandas nacionais Serial Asesino e as meninas do Nervosa, que proporcionaram um espetáculo totalmente à altura de uma despedida para uma banda com uma vasta trajetória e que serviu de grande influência como o Sepultura.
El Serial Asesino chega a Barranco
A banda liderada por Alex e Jonathan Solano teve a grande responsabilidade de abrir este espetacular concerto. Com uma contagem regressiva de 60 a 0, eles conseguiram impactar o público peruano com seus grandes clássicos como “Intransigente”, “Verte Sangrando”, “Infierno”, e uma de suas novas músicas, “Apresado”. Montaram um mosh pit à altura do show, com seus poderosos riffs e a energia que os caracteriza. Entre Ahmed e Pepe, conseguiram conquistar o público do início ao fim, mostrando que o metal peruano também tem potencial para se expandir internacionalmente.
Nervosa, o poder feminino ressoa no CC Barranco.
A grande banda brasileira, formada há quase 14 anos por Prika Amaral, voltou a Lima como parte do show do Road to Metal 2024, sendo a segunda banda nesta grande noite. Prika, Helena, Hel Pyre e Michaela entregaram um espetáculo com uma qualidade impressionante do início ao fim. Desde os detalhes no palco, como as caveiras em ambos os lados, emanaram todo o talento que possuem para oferecer no metal feminino.
Elas tocaram seus clássicos temas “Seed of Death“, “Death!”, “Kill the Silence“, e suas novas músicas como “Perpetual Chaos” e “Jailbreak“; todos eles incendiaram o mosh pit a cada momento. A enorme energia que os caracteriza foi totalmente contagiante naquela noite, onde as deusas do thrash metal brasileiro deram um espetáculo de alta categoria.
SEPULTURA, uma despedida especial para os fans peruanos
Todos sabemos que, lamentavelmente, esta é a última turnê desta lendária banda. Embora atualmente não conte com a presença dos irmãos Cavalera, não ficam para trás nesse aspecto. A banda liderada por Andreas Kisser e Paul Jr., juntamente com Derrick Green e Greyson Nekrutman, proporcionou um espetáculo totalmente inesquecível para todos os fãs do thrash metal clássico.
Com um repertório de 20 músicas, eles levaram os fãs peruanos por todas as fases da banda, desde as mais clássicas até sua época mais comercial e sua fase atual, tocando os novos temas de seu último álbum “Quadra“.
Abriram a noite com “Refuse / Resist”, “Territory” e “Kairos”, pegando completamente de surpresa o público peruano, que, diante disso, montou o mosh pit da forma mais rápida, porém orgânica e destrutiva possível. Definitivamente, uma experiência inesquecível para aqueles que ficaram no centro do POGO. (haha)
“Dusted“, “Attitude” y “Means to an End” foram as seguintes, dois clássicos do álbum “Roots” e uma música nova de seu álbum “Quadra“, lançado em 2020. Em seguida, “Guardians of Earth“, “Mind War“, “False” e “Choke” seguiram o repertório, explorando seu lado mais subestimado, mas totalmente reconhecível, dos álbuns lançados entre os anos 2000 e 2010.
Logo, todos os fãs entraram em êxtase quando começou “Escape to the Void“, um clássico de 1987 de sua época mais thrash/death metal. Depois desse grande momento, veio a própria “festa brasileira”, pois como convidadas para tocar “Kaiowas”, as meninas do Nervosa subiram ao palco para tocar a batucada.
Mas, para surpresa de todos, também foi convidado o grande Alejandro González, baterista do Maná, banda que também estava no Peru para seu concerto no dia seguinte no Estádio San Marcos. Vale ressaltar que Alejandro também é baterista da reconhecida banda De La Tierra, onde toca também com Andreas Kisser.
Após uma grande demonstração cultural e desfrutando da bela combinação entre o metal e a batucada, voltaram com os clássicos como “Biotech is Godzilla”, para então retornar ao presente com “Agony of Death” e encerrar esta parte com “Troops of Doom“, do álbum “Morbid Vision” de 1985.
Ao terminar estas músicas, chegou o clássico “bis”, momento em que todos pensavam que a noite havia chegado ao fim, mas não poderiam estar mais enganados, pois foi aqui que a destruição começou…
“Inner Self” começou a tocar e o público entrou em total êxtase, os círculos começaram a se formar, muitos tiraram as camisetas devido ao calor, banhos de cerveja e muita energia, foi tudo o que se sentiu nestes momentos finais do Sepultura na capital peruana.
“Arise” foi a próxima música, seguida por um clássico que nunca pode faltar no Peru, pois é importante ressaltar que esta música foi totalmente marcante na cena metal limeña em seus anos de ouro, “Ratamahatta” toca e a bandeira brasileira começa a tremular nos telões do local, o tamborim começa a soar e o público (e pessoalmente, eu também, pois é uma música que me acompanha desde muito jovem) entra em total loucura, o POGO e as cervejas voavam, as pessoas desfrutavam desse grande show e gritavam as letras com um português totalmente mastigado. “PORRA!” era ouvido a cada momento.
Para encerrar esta grande noite, ecoou o tema final de todos os seus concertos, “Roots Bloody Roots“, nos anunciando que esta grande noite tinha chegado ao fim e que se você quisesse se despedir adequadamente desta lenda viva, tinha que se perder no pogo desta última música. Todos compreendemos isso, nenhum celular no ar, apenas copos e pessoas se batendo com uma irmandade que caracteriza o metal…
(Realmente não há palavras suficientes para descrever o que foi o show, talvez eu só possa mencionar a bela experiência de receber uma palheta de baixo do técnico de som oficial da banda usando meus talentos em inglês, haha.)
SEPULTURA se despidió así del Perú, con “Easy Lover” de Phil Collins ecoando pelos alto-falantes, as pessoas se abraçavam e partiam todas felizes, alguns realizaram seu sonho e outros, deram um adeus adequado a esta grande lenda do metal latino-americano. Muito obrigado, Sepultura, sempre os esperaremos, sempre estaremos aqui, diz um fã peruano a mais.
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