SOEN

Na noite do feriado 5 de outubro (Implantação da República em 1910 que pôs fim à Monarquia em Portugal), a capital portuguesa teve a honra de receber uma das bandas mais cativantes do cenário musical progressivo internacional: SOEN, originários da Suécia, no caminho da sua Memorial Tour, brindaram o público lisboeta com um concerto inesquecível.

O local escolhido para este evento incrível foi o cada vez mais emblemático LAV – Lisboa ao Vivo, que estava lotado de fãs ávidos por testemunhar a magia sonora que a banda tem proporcionado ao longo de sua carreira.

A noite começou com uma atmosfera de antecipação palpável, à medida que os membros da banda subiram ao palco ao som de “Do not go gentle into that good night”, poema de Dylan Thomas declamado aos speakers da sala.

Joel Ekelöf, o carismático vocalista da SOEN, estabeleceu imediatamente uma conexão com o público lisboeta, agradecendo a calorosa receção e prometendo uma noite inesquecível.

O concerto começou com “Sincere”, “Martyrs” e “Savia”, que imediatamente mergulhou a plateia num oceano de sonoro. A capacidade da banda de criar uma atmosfera intensa e emotiva é verdadeiramente notável, e isso ficou evidente desde o primeiro acorde.

A setlist incluiu a melhor coleção de temas dos seus álbuns, em que cada música foi uma jornada musical por si só, com composições intricadas, letras profundas e uma execução impecável.

  • Sincere
  • Martyrs
  • Savia
  • Memorial
  • Lascivious
  • Unbreakable
  • Deceiver
  • Ideate
  • Monarch
  • Fortress
  • Illusion
  • Modesty
  • Lotus

Encore:

  • Antagonist
  • Jinn
  • Violence
  • Vitals

Um dos momentos mais memoráveis da noite foi a performance da música “Monarch” que trouxe uma energia avassaladora com o extraordinário solo de guitarra do virtuoso Cody Lee Ford. Bem, na verdade o êxito da banda reside no facto de todos os músicos mostrarem seu virtuosismo, com Martin Lopez na bateria, Lars Åhlund nos teclados, guitarras e backing vocals, Oleksii Kobel no baixo, contribuindo para a coesão sonora da banda.

À medida que o concerto se aproximava do fim, a multidão estava completamente envolvida e ansiosa por mais. A banda atendeu aos pedidos do público e fez um encore emocionante, encerrando a noite com uma interpretação apaixonada de “Vitals”.

Em resumo, o concerto de SOEN em Lisboa foi uma noite verdadeiramente memorável para todos os fãs de música progressiva e rock alternativo. A banda sueca conseguiu criar uma experiência musical que transcendeu as expectativas e tocou a alma dos presentes. Foi uma noite de emoções intensas, músicas envolventes e performances excecionais.

Na última nota, ecoaram os aplausos entusiásticos na sala, e os gritos de aprovação deixaram claro que SOEN reconquistou não apenas os corações dos lisboetas, mas também um lugar especial na nossa cena musical. Sem dúvida, este concerto será lembrado como uma das performances mais marcantes do ano em Lisboa.

 

MOLYBARON

A banda francesa (embora com o irlandês Gary Kelly no comando) apresentou um estilo bem mais roqueiro. O estilo de tocar guitarra em perna aberta não engana e os ritmos mais orelhudos levaram o público a encaixar-se rapidamente na festa.

Com uma presença que, constantemente solicitava a participação do público, tanto nos “hey! Hey! Hey!” como no acompanhamento vocal de alguns refrões, a banda de Sébastien de Saint-Angel (baixo), Camille Greneron(bateria) e Florian Soum (lead guitar) apresentou 9 temas que misturavam numa perfeição envolvente, um metal alternativo com um rock progressivo.

Menção especial para o baixista Sébastien de Saint-Angel que imprime o peso melódico de toda a música da banca. É nos seus acordos rijos, profundos e rasgativos que todos os outros membros encontram a intensidade e espaço para os seus respetivos virtuosismos.

Uma bela surpresa para quem não os conhecia!

Setlist:

  • Something Ominous
  • Set Alight
  • Twenty Four Hours
  • Animals
  • Something for the Pain
  • Breakdown
  • Lucifer
  • Vampires
  • Incognito

 

TERRA

Os primeiros a aquecer o palco vieram de Itália e trouxeram mais do que os instrumentos convencionais. Para além da bateria, baixo e guitarras, os Terra incluem sons de flauta e tambores, o que leva o seu rock progressivo a um local muito próprio e até provinciano.

É como ir comer a casa da avó que vive numa aldeia de pastores de cabras. Sabemos que tem um paladar rústico e que só pode ser saboreado ali. Com a mesma receita, os Terra trouxeram o sabor da sua terra a Lisboa.

O quarteto constituído por Daniele ‘Zed’ Berretta (Vocals, drums, backvocals, percussions, Lorenzo ‘JB’ Saponetta (Rythm guitar, vocals, backvocals, percussions), Paolo Luciani (Lead guitar, backvocals, percussions, woodwinds) e Stefano Alfonsi (Bass, backvocals, percussions) brindou-nos com uma peculiar cover de Teardrop dos Massive Attack, entre outros temas que se podem encontrar no seu EP intitulado “Mirage”.

Uma banda a seguir de perto.

Setlist:

  • Tribal intro
  • Create Mutate Erase
  • Father
  • This Scent
  • Rise
  • Teardrop (Massive Attack cover)
  • Close Enough
  • Tribal outro

 

 

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