A origem da palavra sororidade está no latim, sóror, que significa “irmãs”.

Este termo pode ser considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo fráter, que quer dizer “irmão”.

Foi em 1970, quando a escritora Kate Millett, líder feminista daquela época, propôs essa palavra com o objetivo de construir uma ideia para lutar em seu dia a dia como ativista ferrenha:

Obter a união social entre mulheres sem que haja diferença de classes, de religiões ou de grupos étnicos.

 

Mas você tem esse sentimento para com outras mulheres?

E se tem, é universal ou seletivo?

Afinal de contas você deve apoiar outras mulheres de forma incondicional ou o uso do bom senso deve vir antes do gênero?

Mas a luta é pelo geral ou pela exceção?

Não lutamos com foco nas exceções, certo?

Precisamos mudar as regras!

E entenda, isso não é uma crítica, pois, como em todas as lutas, algumas pessoas ainda não acordaram da Matrix. E não é diferente com as mulheres machistas ou as “esquerdominas”.

A fala perfeita que resume a luta em si, pra mim é a seguinte:

 

“Empoderamento diz respeito a mudanças sociais numa perspectiva antirracista, antielitista e antissexista por meio das mudanças das instituições sociais e consciência individuais.” Bell Hooks, teórica feminista.

 

Quem nunca questionou a roupa, maquiagem, foto, comportamento sexual, rede social ou qualquer atitude de uma mulher que atire a primeira pedra.

É um trabalho de muita desconstrução entender que não cabe a você julgar.

Infantilizam determinados comportamentos como se homem amadurecesse depois por uma razão biológica.

Homem só amadurece depois porque somos obrigadas a nos responsabilizar por tudo cedo demais.

Mas voltemos às mulheres.

Somos indivíduos e como tal, somos diferentes umas das outras.

Eu sei, é bem difícil, tive muita dificuldade em aceitar que estava sendo uma baita machista julgando várias minas pelo simples fato de se comportar igual aos homens, os quais ninguém julga, até acham foda os caras terem certos comportamentos.

Ainda mais dentro do Heavy Metal que é um lugar extremamente opressor. Só não é se você é casada com alguém da cena e depende de quem for, ainda.

Ninguém vive ou deveria ao menos viver uma ditadura pra ser censor de comportamento alheio.

E quando você se vir numa situação dessas:  calma, respira se auto avalia e se for o caso peça desculpa a mina que você julgou se for necessário. Afinal, errar é humano e estamos aprendendo a não ser como nossos pais e avós.

Algumas mulheres testam sim nossa sororidade, não respeitando o parceiro ou parceira alheio, ou coisas do tipo, como querer derrubar “asamiga”.

Mas pera aí! Quando ela não respeita o ou a parceira, ou parceiro da mina, essa culpa não é só dela, certo?

E tá aí o detalhe, mais uma coisa criada por homens para nos separar. Afinal, se a mina não respeita o casal é porque o conje também não o faz, certo?

O que quero dizer é que nós, mulheres, precisamos com urgência nos unir com nossas irmãs se quisermos vencer esse sistema que em tudo é patriarcal.

Então apoie as minas e apoie as minas pretas! Entenda que, mesmo sendo branca, você é oprimida sim, mas que a mina preta é mais que você e use seu privilégio pra ajudar.

E minas pretas: não vejam as minas brancas como inimigas, pois é importante o apoio do privilegiado para ajudar a engrossar o grito.

Nem todo branco é racista, nem todo homem é machista, nesse caso a exceção é benéfica.

Fique ombro a ombro com quem luta suas lutas junto com você e não por você.

Se você se une a outras mulheres, vocês conseguem mudar as coisas.

Porque uma mulher sozinha não faz nada, mas várias juntas podem atuar para mudar a sociedade…

 

Bom fim de semana a todas as irmãs.

Curtam o Preto no Metal e suas redes sociais e espalhem a palavra.

Assinado,

Indy

Recomendo as leituras

https://medium.com/@veveani/empoderamento-e-sororidade-seletiva-b5cb4aa051fb

https://medium.com/qg-feminista/feminismo-negro-uma-breve-hist%C3%B3ria-85469d357215

https://medium.com/qg-feminista/o-duradouro-legado-de-florynce-kennedy-guerreira-feminista-negra-e9d7dcf55682

https://medium.com/qg-feminista/sexo-ra%C3%A7a-e-classe-de-selma-james-16646c55b3f5

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