Temos uma entrevista superespecial com o grupo ARS ARMANDI. Conhecidos por serem os precursores do “rock castelhano”, lançaram seu primeiro disco, “Autóctono”, há 20 anos, e este 2023 marca seu 20º aniversário, durante o qual fizeram uma turnê pela Espanha. Aqui está um pouco de como foi a experiência:
1. Além da turnê pelo 20º aniversário do seu primeiro álbum, vocês lançaram uma remasterização desse álbum. Que acham de diferente neste lançamento em relação ao primeiro, que ocorreu há 20 anos?
Efectivamente, o que foi feito foi uma remasterização. Com os meios de hoje em dia, melhoramos o som de um álbum que estava fora de catálogo e que nos pediam constantemente. Como presente, incluímos 3 versões de 3 CDs tributos nos quais participamos de bandas amigas como Mago, Saurom e Asfalto.
2. Vocês fizeram uma turnê para celebrar esses 20 anos. Como foi a experiência?
Foi incrível. Recebemos um carinho incrível… desde o primeiro concerto em Salamanca, passando por Ávila, Segóvia, o Getxo Folk, Palência… até o último concerto em Madrid, onde a sala estava lotada. Foi uma turnê muito intensa e emocionante.
3. O que há de diferente entre o primeiro álbum e o último de vocês?
Passaram-se 20 anos. Nós crescemos e evoluímos, tanto nós quanto nossa música. “Autóctono” é um disco mais reivindicativo, com temas diretos, e “En Tierra de Castillos” é um disco de acordo com os tempos, acreditamos que é o que possui a melhor produção, soa incrível e próximo do folk rock… com guitarras mais pesadas, uma boa base rítmica de baixo e bateria e tem influências celtas e folk, já que é o primeiro CD em estúdio em que incluímos violino.
4. Contem um pouco sobre o processo criativo de vocês.
Normalmente, Dani, o cantor, traz alguma melodia, faz um esboço de alguma música em casa e depois a apresenta ao resto de nós, onde vamos incluindo arranjos. Também trabalhamos no estúdio para ver como funcionam as músicas e expor ideias em comum.
5. Qual é o sentimento ao saber que já compartilharam o palco com outras grandes bandas como Mago de Oz, Saurom, Celtas Cortos…
É um prazer, porque além de serem grupos que admiramos, são amigos. Então, cada vez que compartilhamos o palco com eles, é uma alegria.
6. Contem como surgiu o Ars Amandi.
Dani toca a gaita-de-foles desde pequeno. Teve a ideia de que poderia ser uma boa incluí-la com seus amigos que tocavam guitarra. Eles gostaram da ideia, começaram fazendo versões até que criaram suas próprias músicas.
7. Como se sentem por serem considerados os precursores do “Rock Castelhano”?
Todo um honor. É um título não procurado, mas é uma amostra de que temos um som e uma marca própria.
8. O que acham que torna o estilo de vocês diferente dos outros ramos do rock?
Como você disse… Somos únicos no estilo castelhano de misturar gaita-de-foles, pífaros castelhanos com rock… De resto, tentamos fazer músicas que gostamos primeiro, porque assim será mais fácil que chegue às pessoas.
9. Como foi participar em grandes festivais de rock na Espanha e qual foi o mais impactante?
São experiências que só podem ser explicadas se as tiver vivido. Sair diante de 5, 6, 7 ou 8 mil pessoas e ver como cantam e pulam é a confirmação de que o esforço vale a pena. Estamos ansiosos pelo ano de 2024 para participar no Leyendas del Rock e no Zlive, que são os dois festivais que até agora confirmamos.
10. Quais são os artistas que vocês têm como referência na hora de criar suas músicas/álbuns?
Somos 6 pessoas com personalidades diferentes. Como elo de união está o rock de forma geral, mas gostamos de tudo, desde música popular, clássica, hard rock, folk, até mesmo alguns de nós gostam de sons mais extremos. Mas não poderíamos dizer artistas específicos. Admiramos uma infinidade de artistas.
11. Com quais artistas vocês gostariam de colaborar no futuro?
Ufff… Não fechamos portas para nada nem ninguém. Amamos o que fazemos, e se nos interessar o projeto que nos propuserem, ficaríamos encantados. Mas vamos lá… para dizer um, com Saurom gostaríamos de fazer algo se surgir a oportunidade.
12. O que esperar do Ars Amandi no futuro?
Agora estamos preparando nova música. Processo de composição, depois gravar e em breve começarão os concertos.
13. Se pudessem descrever seu último trabalho em 3 palavras, quais seriam?
Puro Ars Amandi hahahaha
14. Uma última mensagem para seus fãs?
Obrigado. Obrigado por nos apoiarem em nossos concertos… dia após dia nas redes, com suas mensagens, comprando discos, nosso merchandising. Vocês são nossa razão de ser e esperamos que estejamos juntos por muitos anos. Nos vemos nos concertos em 2024!! E claro, muito obrigado a vocês, Cultura em peso, por esta entrevista e por nos darem este espaço.