O projeto surgiu quando a fotógrafa Indy Lopes captou algumas imagens do Vinicius Rodrigues um músico negro atuante no cenário da música underground em Porto Alegre,para compor seu portfólio, a ideia da fotógrafa era fazer ensaios com pessoas fora da curva no padrão imposto pela sociedade como um todo, ou seja, cultura de rua, cultura pop. Após o ensaio, foi postada em rede social uma foto do Vinicius juntamente com Lohy Silveira que ajudava no ensaio, a foto tinha a legenda:
– “Os Black do Death”, isso porque os dois são músicos da ramificação Death Metal, vendo isso Dênis Lapuente, amigo pessoal de Indy, sugeriu ampliar esse ensaio a outros músicos pretos da região, a ideia foi bem aceita e neste momento, Lohy sugeriu que isso virasse um projeto sócio cultural, nascia aí o Preto no Metal.
Essa simples sugestão, inicialmente despretensiosa, deu espaço para vários questionamentos quanto à participação dos negros nesse estilo musical e permitiu vislumbrar a criação de um projeto cultural com a intenção de enaltecer sua maior participação no mundo da música pesada, proporcionando reflexões e diálogos que levem à sua representatividade. 
O objetivo principal do projeto é proporcionar ao Preto uma forma de ter voz no Heavy Metal e assim, fomentar o seu ingresso nesse cenário, incentivando-o a ter uma carreira na música pesada, seja como músico ou ainda produtor musical. Historicamente, a música “pesada”, nesse projeto representada pelo Heavy Metal, contou com poucos nomes de personalidades negras, tanto no Brasil quanto internacionalmente, você não deveria ter que ter muito trabalho pra lembrar de nomes de pretos na música, aqui mais ainda devido a quantidade representativa de pretos e pardos, mas não é o que ocorre, os nomes são sempre os mesmos e muitas vezes não são do Metal. Na região Sul do Brasil, essa representatividade é ainda menor, por ser uma região de colonização predominantemente europeia, e isso é algo que precisa ficar muito claro, o Preto nasceu de uma realidade Sulista, a dificuldade é tanta que não tivemos o número esperado de modelos que era 20, foram 15 e desses 15 não houve uma única mulher.
OBJETIVOS
• Promover a discussão sobre a falta de representatividade do negro no metal, discutindo com a sociedade os possíveis motivos desse cenário e questionando a atual realidade do envolvimento do negro no metal.
• Realizar ações socioculturais para mostrar, questionar, discutir e mudar o atual cenário de baixa representatividade do negro no estilo musical metal.
• Expor a falta de negros no meio do metal, levantar essa discussão e incentivar mais negros a entrarem nesse espaço, através da representatividade.
• Propiciar que mais artistas negros sejam incentivados a começar uma carreira musical dentro do estilo Heavy Metal, sentindo-se mais representados.
Isso nos fez repensar sobre aceitar a colaboração de fotógrafos parceiros na próxima edição de fotos, pois não será possível nos deslocarmos a outras regiões. Contamos já com as fotógrafas Elisangela Romero – SP , Darlene Carvalho – SP e Cerise Gomes -RS e itinerante.
O Preto atualmente conta com 4 membros fixos além das meninas nas fotos, somos eu Indy Lopes, Lohy Silveira, Peter Jaques e Irani Junior. Nós sempre deixamos enfatizamos que “há vagas” pois precisamos de ajuda sempre no projeto, hoje estamos sobrecarregados, mas quando se fala que é trabalho voluntário, acaba que isso desmotiva a abraçar a causa. Existe sim o plano de lançar um apoia-se, mas certamente apenas com o lançamento do documentário que irá sair até fim do ano, a pandemia também nos afetou nisso.
Assista o segundo teaser do documentário abaixo
Para saber mais sobre o projeto e ver as fotos você pode acessar o site do projeto https://www.pretonometal.com/
Facebook : https://www.facebook.com/pretonometal/
Instagram: https://www.instagram.com/pretonometal_coletivolivre/