Prepare-se para um turbilhão de energia implacável quando a potência portuguesa, BOOBY TRAP, retorna com seu próximo álbum, “The End of Time”. Lançado em 8 de maio de 2023, pela Firecum Records, este álbum apresenta uma banda revigorada abraçando um som mais pesado e harmonioso.
Com a adição de uma segunda guitarra, o BOOBY TRAP refinou seu crossover thrash, misturando elementos de thrash, hardcore, heavy metal e rock para criar uma jornada sonora única e atraente. “The End of Time” apresenta 13 faixas explosivas, incluindo colaborações com os estimados vocalistas Howard “H” Smith do Acid Reign em “Open Up Your Eyes” e Miguel Newton do Mata-Ratos em “Nada Irá Mudar”.
Gravado pela própria banda no final de 2022, “The End of Time” foi habilmente mixado e masterizado por Paulo Vieira. A obra de arte marcante é mais uma vez criada por Deivis Tavares, que já trabalhou com BOOBY TRAP em seus álbuns “Overloaded” (2016) e “Stand Up and Fight” (2019). As imagens do álbum representam o fim de um ciclo, uma era e um mundo – o mundo decadente que criamos. Mas com cada fim vem um novo começo, oferecendo uma chance de corrigir os erros do passado e encarar o futuro com uma perspectiva mais positiva. “O Fim dos Tempos” simboliza não um fim, mas o alvorecer de uma nova era.
O disco começa com a intro “March of the Boobies” bumbos e guitarras caóticas em meio a bases quebradas e cadenciadas, “Ready to Die” vêm a seguir derretendo o cérebro de quem ouve, guitarras dissonantes, destaco os Blast Beats que são entoados no decorrer da canção, “The End of Time” não fica atras e é impressionante a qualidade da gravação, o belo Crossover executado, as bases são rápidas e o ritmo aumenta cada vez mais aquele bom e velho desejo do MOOOSH!, “Infektion” introdução do Baixo comendo solta, que música legal também, a base principal da música é bem Heavy metal/Hard Rock, com destaques aos solos viscerais de guitarra que compõem a canção e o refrão que é bastante contagiante, “Open Up Your Eyes” tem a participação especial do lendário Howard “H” Smith do Acid Reign e é um som que dá vontade de sair pulando pela sala, a base desse som é bem na escola do mais puro Crossover Thrash na linha do clássico D.R.I., é uma loucura, o refrão também é demais, curti muito esse faixa, “Dark as the Night” tem um começo no estilo daqueles Riffs que o Rainbow faz e descamba de vez nessa praia intensa com um solo de guitarra que entra no meio desse bolo de som pesado, técnico e clássico em um clima completamente diferente tornando interessante essa mistura, “Nothing to Lose” é a próxima, técnica e pesada e apesar da música ser um pouco mais lenta e cadenciada, há algumas mudanças repentinas de velocidade fazendo com que a canção fique cada vez mais rápida; As linhas do Baixo dessa música também são excelentes, “Sick Six Six”, moshhhhh, canção caótica, um soco na fuça, as bases dessa música são indescritíveis e extremamente rápidas, “Nada Irá Mudar” tem outra participação, dessa vez do Miguel Newton do Mata-Ratos, essa canção é a única do disco cantada em português e possui uma letra inteligente, além de um solo de guitarra que eu considero o melhor desse belo álbum, “Infidel” começa e finaliza no mais puro Hard Rock/Heavy Metal bem na linha do Thin Lizzy, Destaco a mudança para um ritmo mais progressivo que ocorre no meio da canção, sacada genial, “Spank Me” têm 28 segundos de puro Hardcore/Punk, essa é a canção mais curta e uma das mais rápidas do álbum, “Wake Up” é a cara do Booby Trap, sem massagem, porrada na cara até o nariz sangrar e o disco encerra seu ciclo com “Surrounded by Idiots” e ao contrário do “Spank Me”, essa é a canção mais longa do disco. Nessa canção de pouco mais de 8 minutos é mesclado uma mistura de crossover thrash com momentos instrumentais de solos e ritmos do heavy metal clássico mais cadenciados, finalizando assim mais uma obra dessa excelente banda.
Em resumo, se você gosta de um Crossover Thrash original e com bastante influências de outros elementos como o heavy metal e o Hard Rock, os convido a apreciar esse trabalho bem composto e produzido. Nota do editor (9/10).
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