A espera terminou, e 2023 foi mesmo “o ano” do regresso do The Year. No dia 14 de setembro a banda trouxe de volta o seu metalcore melódico com um concerto intenso e de grandes emoções no Tokyo Lisboa.
Com início marcado para as 22h30, a banda lançou, pelas 22h55, numa altura em que já se verificava uma considerável moldura humana na plateia, a intro do mais recente single “F.O.M.O.“, que abriu as hostilidades sem deixar ninguém de fora.
Ao longo da noite foi proporcionada uma viagem pelo EP “Beasts” (2018), pelo single
“Death By Media” (2014), e também pelo álbum de estreia “The Year” (2013). O regresso ao passado era, como se pode verificar pelos sucessivos momentos de singalong (principalmente nas músicas do “Beasts“), muito desejados pelo público, que sentia saudades da banda. Tornou-se notório que a banda também sentia saudades do público, com uma interação constante, e exemplar, do vocalista João Correia, que, por várias ocasiões, se misturou com os fãs presentes, tanto na plateia como em cima do palco. Ainda que não precisasse de ajuda, dada a voz irrepreensível que apresentou, de screams poderosos a cleans brilhantes e expressivos, João virou, em diversas situações, o microfone para os fãs, que não o deixaram mal, gritando as letras a plenos pulmões.
Além da “F.O.M.O.”, tocada para iniciar o concerto, o The Year apresentou também, pela primeira vez ao vivo, os singles lançados este ano sob a chancela da Dead Serious Recordings. Olhando para as estatísticas, não seria surpreendente que a “Overthinker” se destacasse, uma vez que tem já quase 29 mil reproduções no Spotify (mais do que qualquer das outras músicas da banda), no entanto, não deixa de ser admirável a forma como esta música cativou o público presente, que já trazia grande parte da letra na ponta da língua. O segundo single lançado este ano, “Release Me“, foi a música que fechou o concerto, com os últimos saltos, moshpits, crowdsurfings e abraços entre João Correia e os fãs.
Passaram mais de 3 anos, mas em cima do palco tudo pareceu natural, como se nenhuma interrupção se tivesse dado nem alterações no lineup tivessem ocorrido, com Tiago Pereira a encaixar que nem uma luva atrás da bateria.
Terminada uma noite como a da passada quinta-feira, resta agradecer a volta da banda e ansiar que mais datas e músicas se sigam.
Setlist:
- F.O.M.O.
- Sweaty Palms
- Slaves’r’us
- Red Lights
- Death By Media
- Full Damage
- Evade
- Overthinker
- Bastion
- Jason Never Dies
- Suck My Teeth
- Release Me
