Una década de espera culminó en el reencuentro más emocionante y emotivo del año: el segundo concierto de The Cure en Colombia. El 10 de diciembre quedará grabado en la memoria como el día en que Robert Smith y su banda hicieron temblar el Movistar Arena, repleto de fans ansiosos de sumergirse en las emblemáticas melodías de amor, melancolía, post-punk y, sobre todo, el inconfundible amor gótico que caracteriza a la banda.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

“A escolha do Movistar Arena em Bogotá como cenário para este tão esperado evento mostrou-se acertada e significativa. Inicialmente, a expectativa era apreciar The Cure no Simón Bolívar, em um festival ao ar livre, mas o destino levou a um show mais “íntimo” no Road To Primavera, consolidando-se finalmente no imponente palco do Movistar Arena. As telas exteriores do local, girando com o distintivo logo de “The Cure“, deram as boas-vindas à banda de forma espetacular. Seu retorno foi mais do que próximo, foi poderoso e, inegavelmente, ficará gravado para sempre nas mentes de todos os sortudos que testemunharam este evento mágico.”

Movistar Arena, Fotografía por Katherine Lopez

“O palco foi aberto com a enérgica apresentação do Encarta 98, uma banda que, com sua fusão de rock e punk rosa, fez com que os primeiros presentes cantassem durante o começo da noite. Seu som poderoso promete um crescimento notável nos próximos anos. O aquecimento para o tão esperado show do The Cure ficou por conta do Slowdive, outra banda britânica renomada, reconhecida como um dos principais expoentes do gênero com fortes influências do post-punk.”

Encarta98, Fotografía por Jonathan Mohamed

O show do Slowdive começou com “Shanty”, a primeira faixa de seu álbum mais recente, “Everything is Alive“. Esta melodia cativante, repleta de sintetizadores e guitarras, mergulhou a plateia em uma atmosfera eletrônica desde o primeiro momento. O setlist foi uma mistura de clássicos e novas composições, incluindo destaques como “Star Roving“, “Catch The Breeze“, “Souvlaki Space Station“, “Sugar For The Pill“, “Kisses” e “Alison

Slowdive, Fotografía por Jonathan Mohamed

Rachel Goswell, vocalista e cofundadora, expressou sua gratidão várias vezes enquanto Neil Halstead, Nick Chaplin, Christian Savill e Simon Scott teciam intricados padrões sonoros que se transformavam em músicas com alma. O auge da apresentação chegou com “When the Sun Hits“, uma de suas composições mais emblemáticas do álbum “Souvlaki” de 1993. Este foi o encerramento perfeito para sua última performance do ano e marcou sua primeira apresentação na Colômbia, deixando a plateia emocionada e agradecida.

Slowdive, Fotografía por Jonathan Mohamed

Após uma jornada musical psicodélica, tensa e com toques de punk, o Slowdive se despediu entre ovações e gritos de emoção de seus devotos seguidores. Sua apresentação não foi apenas um deleite para os fãs, mas também uma introdução memorável para a tão esperada performance de The Cure, consolidando assim uma noite inesquecível em Bogotá.

O silêncio se tornou agonizante no Movistar Arena de Bogotá; luzes brancas tênues iluminavam intermitentemente o local enquanto a equipe técnica preparava os instrumentos para uma viagem musical que abarcava o pós-punk, o rock e os matizes da guitarra gótica. Em certo momento, as luzes do Movistar Arena se apagaram, seguidas por sons de trovões que ressoaram no local. Luzes brancas, como relâmpagos, deram as boas-vindas a

Robert Smith, Simon Gallup, Jason Cooper, Reeves Gabriels, Perry Bamonte y Mike Lord, todo enquanto o público aguardava ansioso.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

O retorno do The Cure à Colômbia não foi menos do que espetacular, histórico e inesquecível. Smith e o grupo se mostraram imponentes e comprometidos de corpo e alma. A camaradagem no palco, a entrega total; The Cure deu tudo de si em um concerto que evocou nostalgia e revelou traços da nova melancolia que tem envolvido o cantor e compositor ao longo dos últimos anos.

Alone‘ marcou o início do espetáculo, deixando a plateia em silêncio diante da melancolia com a qual Robert Smith iniciou a performance. O que pareciam ondas do mar eram projetadas na tela do palco e uma luz azul tênue iluminava os músicos. Essa música fará parte de ‘Songs of the Lost World‘, o novo álbum do The Cure. Melancólica, porém potente, ‘Alone‘ expõe a letargia de uma alma solitária.

Robert surpreendeu o público ao usar uma camiseta com a bandeira da Colômbia em formato vertical em seu peito, um gesto que ressoou profundamente com a plateia.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

O espetáculo foi um turbilhão incessante de emoções, uma montanha-russa desenfreada que tornava impossível ficar parado, e assim deram lugar a ‘Lovesong‘. O Movistar Arena explodiu em alegria. As pessoas não apenas pularam, gritaram e cantaram, mas mergulharam de cabeça do início ao fim em um dos temas mais queridos pelos fãs. Foi impossível conter um público que gravou em sua memória cada momento deste instante que esperaram por 10 longos anos.

The Cure ofereceu, como parte desta turnê e sem exceção em Bogotá, prévias do que será seu novo álbum ‘And Nothing is Forever‘, uma obra que reflete sobre o amor e a mortalidade.”

And slide down close beside me, In the silence of a heartbeat, You’ll wrap your arms around me In a murmured lullaby

Como se já fosse um sucesso de décadas atrás, o público coreou e cantou até a última letra.

Quando parecia que o ambiente, carregado de emoções intensas, daria um respiro, o palco se tingiu de vermelho e The Cure interpretou a belíssima “Charlotte Sometimes”. O Movistar Arena se converteu em um mar de luzes acesas de celulares em meio a uma luz avermelhada. Lágrimas brotaram no rosto de alguns, especialmente aqueles mais veteranos na vida, que nunca imaginaram que este momento chegaria de novo para Bogotá. A conexão entre a banda e o público era palpável, e cada acorde ressoava como um tributo à espera e à devoção dos fãs colombianos.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

Uma luz verde envolveu cada centímetro do palco e, aos poucos, o som do piano inundou o ambiente. A euforia foi total quando The Cure convidou a multidão para cantar ‘A Forest‘. Sem pensar duas vezes, as pessoas começaram a entoar outro clássico da banda, com o inconfundível toque de The Cure. As palmas se ergueram e acompanharam Simon Gallup na bateria, em uma interpretação que revelou todo o seu poder.

A ‘Endsong‘ foi a última música deste repertório que parecia marcar o fim do show. As luzes diminuíram e o pessoal técnico foi visto trocando instrumentos e se movendo de um lado para o outro. De repente, os setlists foram arrancados do chão e novos foram colocados em certos lugares do palco. “Outro show estava prestes a começar“.

O retorno do The Cure à Colômbia foi apoteótico e histórico. Público de todas as gerações, com roupas de todas as formas e cores, se reuniram para este momento aguardado. Smith e o grupo foram imensos e se entregaram de corpo e alma em um concerto que apelou à nostalgia. Robert foi visto emocionado, mas como em toda a turnê, melancólico, às vezes um pouco triste, mas profundamente dedicado à sua guitarra. A energia e a paixão no palco ficaram gravadas na memória dos sortudos espectadores que viveram essa experiência única.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

Poucos minutos depois, The Cure reapareceu, Robert cumprimentou a plateia brevemente e se aproximou do microfone para interpretar “It Can Never Be the Same“, outra das novas composições que manteve a audiência completamente cativada. A próxima música neste setlist, que durou quase 3 horas, foi ‘Plainsong‘. Nesse momento, Robert deu alguns passos pelo palco, e era evidente a emoção em seus olhos e a melancolia em seu olhar ao observar o público de Bogotá. Foi impossível não se comover com as emoções tangíveis de Robert.

The Cure, Fotografía por Jonathan Mohamed

A banda retornou para um breve intervalo. O The Cure voltou e, desta vez, trouxe a assombrosa e espetacular ‘Lullaby‘, com uma enorme tarântula em uma teia movendo-se pela tela gigante do palco, o lindo riff de guitarra enlouqueceu o público. Robert virou as costas para a plateia e dançou ao ritmo da guitarra, fazendo com que o público gritasse de emoção. A alegria completa envolveu a audiência com ‘Friday I’m in Love‘, a canção mais cativante e alegre da banda. Foi cantada com fervor, e ao lado do palco, um assistente balançava uma bandeira do The Cure com a frase “‘Friday I’m in Love’”, fazendo o coração de Robert Smith vibrar intensamente. A conexão entre a banda e o público atingiu seu ápice, selando uma noite mágica e inesquecível no Movistar Arena de Bogotá.

Close to Me‘ e ‘Why Can’t I Be You?‘ Foram as escolhidas para esta última sequência. Durante esse momento, Robert se aproximou dos dois camarotes e cantou para o público mais próximo, olhando fixamente para milhares de rostos felizes. The Cure encerrou uma noite espetacular com ‘Boys Don’t Cry‘. Os gritos de alegria se amplificaram e ninguém pôde ficar parado diante da última música. O grupo tocou com força e uma energia avassaladora.

 

O setlist completo foi:

Alone
Pictures of You
High
A Night Like This
Lovesong
The Last Day of Summer
Burn
Fascination Street
Push
In Between Days
Just Like Heaven
At Night
Charlotte Sometimes
Play for Today
A Forest
Shake Dog Shake
From the Edge of the Deep Green Sea
Endsong

Encore:
It Can Never Be the SameWant
Plainsong
Disintegration

Encore 2:
Lullaby

The Walk
Friday I’m in Love
Close to Me
Why Can’t I Be You?
Boys Don’t Cry

O The Cure deixou o palco, mas Robert parecia relutante em sair. Várias vezes ele acenou com as mãos em um gesto de despedida e tocou o peito onde estaria seu coração, mostrando que estava emocionado e feliz. Naquele momento, ele pegou um boneco que foi jogado pelo público, e algumas flores foram lançadas no palco, que foram posteriormente recolhidas pela equipe. Robert sorriu e desapareceu, recarregado e feliz, tendo deixado uma marca e uma experiência difícil de descrever.

 

 

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